“Confiamos na nossa base”, diz Padilha sobre aprovação de medidas
O ministro-chefe da Casa Civil também reconheceu a chance de o procurador-geral da República apresentar nova denúncia contra Michel Temer
atualizado
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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira (28/8) que o Congresso Nacional tem sido “grande parceiro” e “solidário” na aprovação de medidas importantes para o governo. Ele acrescentou que espera a mesma reação durante o período em que o presidente Michel Temer (PMDB-SP) estiver em viagem fora do país. O peemedebista viajará à China nesta terça-feira (29) e retornará em 6 de setembro.
Padilha citou que, entre os itens prioritários em tramitação no Congresso, estão a votação do projeto de lei que propõe a alteração das metas fiscais de 2017 e de 2018 e a Medida Provisória (MP) 777/17, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), em substituição a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
“Confiamos na nossa base, na parceria que temos com o Congresso Nacional e os projetos que são importantes para o governo. O Congresso sistematicamente tem nos ajudado a aprovar. Portanto, contamos com a aprovação dessas propostas”, acrescentou.
Denúncia Janot
Questionado sobre uma possível segunda denúncia a ser apresentada contra Temer pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro disse que, caso surja, ela tem de estar bem fundamentada.
“O Ministério Público tem uma missão a cumprir e o que se espera é que ele cumpra bem a sua missão. Nos estritos limites da lei”, destacou. Padilha também reconheceu que “por óbvio, é possível” que Janot apresente a segunda denúncia contra o presidente.
“As possibilidades serão as maiores do mundo em todos os aspectos, a nossa possibilidade de aprovação das nossas regras, também a possibilidade de surgir uma nova denúncia é possível, por óbvio que é possível”, avaliou Padilha, acrescentando que a ação, “naturalmente”, “tem que ser fundamentada”.
Refis
Padilha disse ainda que a área econômica do governo está dialogando com deputados para que seja possível construir, ainda nesta semana, um acordo sobre o texto do novo Programa de Recuperação Fiscal (Refis). Segundo ele, é possível que haja prorrogação no prazo.
“Estamos numa negociação com o Congresso num novo texto que possa vir a contemplar os interesses do governo e também atender os deputados que integram a comissão. Vamos com isso, quem sabe, ter prorrogação de prazo. Mas por enquanto é uma hipótese, não é uma certeza”, disse.