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“Como votar a saída de Dilma e não a de Cunha?”, diz deputado

José Carlos Araújo (PR-BA) questionou a celeridade da comissão do impeachment de Dilma, enquanto o processo contra Cunha segue a passos lentos

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Antonio Cruz/Agência Brasil
Deputado José Carlos de Araújo
1 de 1 Deputado José Carlos de Araújo - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente do Conselho de Ética na Câmara dos Deputados, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), questionou a celeridade da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff, enquanto o processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segue a passos lentos. “Como votar a saída de Dilma e não a de Cunha?”, indagou Araújo ao fim da sessão do Conselho desta terça-feira. O parlamentar relembrou que demorou quase três meses para conseguir apreciar o parecer prévio do processo contra Cunha.

Ele, que também é membro da comissão especial do impeachment, disse que ainda não definiu o seu voto. “Ainda não decidi. Estou consultando meus orixás”, respondeu Araújo sobre o pedido de afastamento da presidente.

A comissão especial foi instalada na última quinta-feira, 17. O deputado fez ainda uma brincadeira sobre a possibilidade de Cunha se tornar vice-presidente da República, caso o atual vice, Michel Temer (PMDB), assuma a presidência no lugar de Dilma. “Já pensou se o Temer viaja e ele (Cunha) senta na cadeira da presidência? Eu vou ter que pedir asilo político”, declarou.

Araújo acredita que, apesar de “ter enfrentado dificuldades” desde o início para dar sequência aos trabalhos no Conselho de Ética, o relatório final deverá ser votado em meados de maio.

O deputado do PR admitiu que o acesso dos membros do Conselho a documentos, delações e inquéritos policiais de outras instituições pode “ampliar” o processo contra Cunha na Câmara. Segundo ele, “nada impede que no curso das investigações apareçam outras evidências e o relator inclua outras denúncias ao processo”.

Nesta terça, o Conselho de Ética aprovou a solicitação de informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará a denúncia de que o presidente da Câmara teria se beneficiado de esquemas da Petrobras, e à Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga supostas irregularidades cometidas por Cunha, para auxiliar nas investigações.

Na próxima quarta-feira, 30, o relator do Conselho de Ética, Marcos Rogério (DEM-RO), apresentará o seu plano de trabalho e poderá convocar novas testemunhas. Com a entrega da defesa de Cunha, ontem, começou o prazo de 40 dias úteis para a coleta de provas e marcação de depoimentos.

A entrega do relatório final deve ocorrer, no máximo, até 2 de junho. Depois, Rogério apresentará seu parecer sugerindo uma punição a Cunha, que pode ser o pedido de cassação do parlamentar. Se aprovado pelo Conselho, o relatório segue para votação no plenário da Casa. Cunha é alvo de processo por quebra de decoro, sob acusação de ter mentido à CPI da Petrobras.

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