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“Como é que gera emprego com essa CLT?”, critica Bolsonaro

O chefe do Executivo disse ainda que milhares de norte-americanos vêm ao Brasil, mensalmente, em busca de empregos estáveis

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Presidente Bolsonaro e o saindo do Ministério da economia
1 de 1 Presidente Bolsonaro e o saindo do Ministério da economia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta quinta-feira (26/8), durante conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que está difícil ser patrão no Brasil, por culpa da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), legislação que assegura os direitos dos trabalhadores no país. Segundo o chefe do Executivo, os empresário brasileiros “sabem o que é dificuldade”.

“Como é que gera emprego com essa CLT aqui? Alguém é patrão aqui? Vocês sabem o que é dificuldade. Como que gera emprego com a CLT tão rígida dessa forma?”, questiona o presidente aos simpatizantes. A conversa foi gravada e publicada por um canal simpatizante ao governo.

Bolsonaro disse receber críticas ao falar sobre o assunto: “Quando eu falo sobre CLT o pessoal se volta contra mim: ‘Quer acabar com direitos’. Todo mês chegam milhares de norte-americanos aqui pra trabalhar com estabilidade no emprego, que nem eu. Quem vai pra lá não volta mais pra cá”, afirmou o mandatário.

A taxa de desemprego no Brasil, foi de 14,6% no trimestre fechado em maio (março, abril e maio), o que aponta que o índice permaneceu praticamente estável em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (14,4%). Na prática, são 14,8 milhões de brasileiros em busca de trabalho no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada no fim de julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a população na força de trabalho, que inclui as pessoas ocupadas e desocupadas, cresceu 1,2 milhão, puxada pelo contingente de ocupados (86,7 milhões). Este índice subiu em 809 mil, o que representa um aumento de 0,9%, na comparação com o trimestre anterior.

Desemprego

Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) nesta quinta-feira (29/7), esse número decorreu de 1.601.001 admissões e 1.291.887 desligamentos. O país fechou o mês de junho com saldo de 309.114 novos postos de trabalho com carteira assinada. De acordo com a pesquisa, contudo, houve redução na média salarial.

Em relação à remuneração dos brasileiros, o salário médio de admissão em junho foi de R$1.806,29. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 1,59.

Quanto à fala do presidente sobre a chegada de norte-americanos no Brasil, segundo o relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts), divulgado no começo de agosto deste ano, o número de vagas de trabalho nos Estados Unidos subiu, entrou para a série histórica e chegou a 10,073 milhões, em junho. As contratações aumentaram para 6,7 milhões; já as demissões foram a 5,6 milhões.

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