metropoles.com

Comissão especial da Câmara aprova texto da reforma administrativa

Proposta mantém a possibilidade de redução de jornada de travalho e salários  de servidores públicos em até 25% em caso de crise fiscal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcelo Montanini/Metrópoles
Comissão_PEC dos Precatorios
1 de 1 Comissão_PEC dos Precatorios - Foto: Marcelo Montanini/Metrópoles

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, da reforma administrativa, aprovou, nesta quinta-feira (23/9), por 28 votos a favor e 18 contrários, o texto-base do relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA). A PEC segue agora para o plenário da Casa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já afirmou que pretende levar o texto o mais breve possível para a votação no plenário. A previsão é de que a proposta passe a ser discutida pelos 513 deputados na próxima semana. Para ser aprovada, precisa de, no mínimo, 308 votos a favor, em votação de dois turnos.

A proposta mantém a estabilidade, mas também a possibilidade de redução de jornada de trabalho e de salários de servidores públicos em até 25% em caso de crise fiscal.

Após a votação do texto principal, parlamentares analisaram destaques. Houve uma alteração no texto transformando as guardas municipais em um órgão de segurança pública.

Após o tumulto na noite dessa quarta-feira (22/9), Maia apresentou a sétima versão do relatório na manhã desta quinta, minutos antes de o colegiado abrir a sessão, com atraso de 2 horas e 10 minutos. Contrários à proposta, deputados de oposição tentaram obstruir a votação, com requerimentos e discursos críticos ao texto e à condução das sessões. O colegiado tentou votar a proposta em outras quatro ocasiões, sem sucesso.

Nesta quinta, os deputados rejeitaram os requerimentos de retirada de pauta, por 31 votos a 15, e de adiamento da votação da proposta, por 30 votos a 15.

Entre as mudanças estão: ampliar o prazo dos contratos temporários de servidores públicos de seis para até 10 anos, incluir os oficiais de Justiça como carreira exclusiva e o item que disciplina parcerias entre a administração pública e os entes privados.

5 imagens
Comissão Especial da PEC da Reforma Administrativa
Presidente da comissão, Fernando Monteiro, relator Arthur Maia e presidente da Câmara, Arthur Lira
Oposição na Comissão Especial da PEC da Reforma Administrativa
Oposição na Comissão Especial da PEC da Reforma Administrativa
1 de 5

Fernando Monteiro é o presidente da Comissão Especial da Reforma Administrativa

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
2 de 5

Comissão Especial da PEC da Reforma Administrativa

Marcelo Montanini/Metrópoles
3 de 5

Presidente da comissão, Fernando Monteiro, relator Arthur Maia e presidente da Câmara, Arthur Lira

Michel Jesus/Câmara dos Deputado
4 de 5

Oposição na Comissão Especial da PEC da Reforma Administrativa

Marcelo Montanini/Metrópoles
5 de 5

Oposição na Comissão Especial da PEC da Reforma Administrativa

Marcelo Montanini/Metrópoles

 

“Voucherização”

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) criticou o retorno do artigo 37 A, que disciplina parcerias entre administração pública e entes privados, a ampliação dos contratos temporários e a redução da jornada de trabalho. “É a entrega do setor público ao privado, é ‘voucherização’ de serviços fundamentais aos mais pobres”, disse.

Já o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) defendeu a avaliação de desempenho, as novas possibilidades de perda de cargo e de contratação temporária. “O mundo está mudando. A gente tem de mudar o escopo do serviço público junto com a mudança do mundo”, afirmou.

Na noite de quarta, Maia havia apresentado uma versão do relatório, sem membros do Poder Judiciário e do Ministério Público no texto, com redução em até 25% de salários e jornada de servidores públicos, independentemente da carreira, em períodos de crise fiscal nos municípios, estados e na União.

A oposição reclamou que o relatório da proposta foi entregue depois do prazo combinado e ameaçou judicializar. Em meio ao tumulto, a sessão acabou adiada para a manhã desta quinta.

A proposta já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde teve a admissibilidade aprovada. Por ser PEC, são necessários ao menos 308 votos dos 513 deputados em dois turnos antes de ser encaminhada para o Senado Federal.

Tumulto

Em meio às discussões da matéria, o deputado Cabo Alberto Lima (Republicanos-AM) criticou a oposição e chamou os deputados de mentirosos e de palhaços, o que gerou um breve tumulto na sessão.

“Temos que ter uma reforma justa. Tenho críticas, sim, ao texto que está aqui, mas precisamos aperfeiçoá-la e para isso temos os destaques. Precisamos parar de mentir, dizer que vai privatizar tudo, vocês [da oposição] mesmo já fazem isso e ficam mentindo aqui para a população. Vamos acabar com a palhaçada aqui, presidente”, declarou Lima.

A deputada Perpetua Almeida (PCdoB-AC) rebateu: “Não tem nenhum palhaço aqui”. Outros parlamentares também demonstraram incômodo com o tratamento do deputado do Republicanos. Contudo, o presidente da comissão, Fernando Monteiro (PP-PE), logo conteve a situação.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?