metropoles.com

Comissão aprova Galípolo e Aquino ao BC e nomes seguem para plenário

Após sabatina, Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino foram aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Plenário precisa aprovar

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Gabriel Galípolo no Senado
1 de 1 Gabriel Galípolo no Senado - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (4/7), os primeiros indicados pelo governo Lula (PT) ao Banco Central (BC): Gabriel Galípolo (Diretoria de Política Monetária) e Ailton de Aquino (Diretoria de Fiscalização).

Galípolo recebeu 23 votos favoráveis e dois contrários. Já Ailton teve 24 votos sim e apenas um não. Não houve abstenções. Com a aprovação pela CAE, os nomes seguem para análise final no plenário do Senado, cuja sessão está marcada para as 16h. Foi aprovado requerimento de urgência para acelerar essa tramitação.

11 imagens
O diretor de Política Montéria do Banco Central, Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo foi indicado à Diretoria de Política Monetária do BC
Gabriel Galípolo
Ailton de Aquino, indicado à Diretoria de Fiscalização
1 de 11

Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do ministro Fernando Haddad

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 11

O diretor de Política Montéria do Banco Central, Gabriel Galípolo

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 11

Gabriel Galípolo foi indicado à Diretoria de Política Monetária do BC

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 11

Gabriel Galípolo

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 11

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 11

Ailton de Aquino, indicado à Diretoria de Fiscalização

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 11

Aquino é servidor do BC desde 1998

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 11

Ailton de Aquino assumiu a Diretoria de Fiscalização

Hugo Barreto/Metrópoles
9 de 11

Sabatina de indicados ao Banco Central (BC)

Hugo Barreto/Metrópoles
10 de 11

Senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE

Hugo Barreto/Metrópoles
11 de 11

Senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado

Hugo Barreto/Metrópoles

A indicação de Galípolo foi relatada pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). Já a de Ailton, pelo senador Irajá (PSD-TO).

Autonomia do BC

Os dois indicados falaram sobre a autonomia do BC, aprovada por lei em 2021. Galípolo frisou que foi determinada autonomia técnica e operacional e disse que “é óbvio que é o poder eleito democraticamente, na vontade das urnas, que determina qual é o destino econômico da nossa sociedade”.

“Não cabe aos diretores do Banco Central opinar ou dar qualquer tipo de diretriz sobre isso. A gente acata a legislação”, afirmou Galípolo.

Aquino disse que, como servidor de carreira, deixa a defesa da decisão política do Congresso. “Temos que respeitar e nos curvar ao que está na lei”, salientou.

“Self-made man”

Em sua apresentação inicial aos senadores, Galípolo negou a alcunha de “self-made man”, expressão utilizada para descrever pessoas que construíram trajetória por méritos próprios.

“Sou um sujeito bastante avesso às narrativas do chamado ‘self-made man’, que é uma ideia cada vez mais recorrente no meio empresarial. Aliás, uma ideia cunhada no Senado americano, para descrever pessoas que construíram a trajetória por méritos próprios e não independente de condições externas ou, mais do que isso até, à revelia de condições externas”, iniciou o indicado.

Em seguida, ele citou o filósofo espanhol José Ortega y Gasset: “Eu tenho mais empatia por afirmação de um filósofo espanhol que dizia que eu sou eu e a minha circunstância e que se eu não tenho condição de salvar a minha circunstância, eu não tenho condição de salvar a mim mesmo”.

Ex-integrante do governo, Galípolo ainda ressaltou medidas adotadas nos últimos seis meses e afirmou que tem sido conduzido um debate “republicano e transparente” com o Parlamento. Segundo ele, as medidas implementadas até aqui valorizaram a moeda nacional, ajudaram nas projeções de déficit menor e de crescimento maior e impulsionaram a redução das taxas de juros futuros.

O ex-secretário-executivo do ministro Fernando Haddad ainda fez menção elogiosa ao presidente do BC, Roberto Campos Neto:

“Como bem colocou o presidente do Banco Central, Roberto Campos [Neto], se a gente seguir com premissas de um crescimento potencial de 1,5%, 1,6% e uma taxa de juros neutra de 4,5%, por mais sofisticados que sejam os modelos e os economistas que tratam dos modelos, a relação dívida-PIB não vai apresentar um bom comportamento”, colocou.

E continuou: “Como também disse o presidente Roberto Campos, a única solução é crescer. E, para crescer, é preciso seguir com agenda econômica que vem sendo enfrentada agora mesmo em conjunto pelo Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

Sobre a proposta de moeda comum no Mercosul, Galípolo disse que a ideia não é substituir moedas nacionais, mas facilitar as relações comerciais entre os países do bloco. Segundo ele, os planos estudados são para o longo prazo e visam evitar que o Brasil perca espaço na balança comercial de outros parceiros.

Campos Neto diz ser “muito contra” criação de moeda única entre Brasil e Argentina

“Círculo virtuoso”

Por sua vez, o indicado Ailton de Aquino citou em sua apresentação as alterações recentes nas expectativas de mercado, como o aumento na expectativa de crescimento do PIB e a queda na inflação projetada para o ano. “Percebo o advento de tempos melhores.”

“Esses movimentos demonstram o grau de confiança dos agentes econômicos e da população na gestão econômica do atual governo. Enfim, estou confiante de que estamos entrando num círculo virtuoso e que o Banco Central contribuirá na consolidação de um cenário mais alvissareiro para a economia e para a sociedade como um todo”, concluiu ele.

Quem são os indicados

O economista Gabriel Galípolo foi exonerado do cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda em junho. O ex-número 2 de Fernando Haddad atuou como presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021 e fez parte do conselho da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Caso seja aprovado pelo Senado, Galípolo vai ocupar a Diretoria de Política Monetária, do BC, uma das mais estratégicas do órgão.

Em maio, ao anunciar o nome de Galípolo para o BC, o ministro Fernando Haddad disse que a indicação pode favorecer a aproximação entre o governo e a instituição.

Hoje, essa relação está estremecida pelas críticas de Lula e de integrantes da base governista à resistência do presidente Campos Neto em baixar as taxas de juros no Brasil.

Campos Neto diz que continua até 2024 e minimiza pressão: “Faz parte”

Servidor do Banco Central desde 1998, o advogado Ailton Aquino Santos exerceu diversas funções na instituição. Ele deverá assumir a Diretoria de Fiscalização.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?