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Comandante do Exército analisará vaga pedida por Bolsonaro para filha

Presidente solicitou matrícula para a filha Laura no Colégio Militar de Brasília

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Bolsonaro na frente de bandeira dos Estados Unidos
1 de 1 Bolsonaro na frente de bandeira dos Estados Unidos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Exército Brasileiro disse que o comandante da força, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, analisa o pedido feito “de forma excepcional” pelo presidente  Jair Bolsonaro (sem partido), para que a filha Laura seja matriculada no Colégio Militar de Brasília. A escola, contudo, exige que os alunos passem por um processo seletivo para disputar as vagas.

“A solicitação vai passar por análise do comandante da força, Paulo Sérgio de Oliveira”, disse o Exército Brasileiro ao G1. O Centro de Comunicação Social do Exército confirmou a informação à reportagem da  Folha de S.Paulo, que revelou o pedido.

O general Oliveira, no entanto, ainda não confirmou ao chefe do Executivo federal a possibilidade do ingresso da filha do presidente, de 10 anos, no colégio. O militar aguarda posicionamento do Departamento de Educação e Cultura da Força, que coordena o local. O 6° ano do ensino fundamental, classe equivalente à idade da filha do presidente, tem 15 vagas abertas.

Durante conversa com apoiadores na última terça-feira (25/8),  Bolsonaro manifestou interesse de que a filha passe a estudar no colégio militar. “Legal. A minha deve ir ano que vem para lá, a imprensa já tá batendo. Eu tenho direito por lei, até por questão de segurança”, disse a apoiador.

Filho de deputada matriculado

Em setembro de 2019, o filho da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) conseguiu matrícula no Colégio Militar de Brasília sem participar do processo seletivo de candidatos. A criança, de 11 anos, estava no sexto ano do ensino fundamental, na época.

Em 2017, houve 1.212 candidatos para 25 vagas do sexto ano, uma média de 48 candidatos por vaga. A autorização de matrícula do filho da deputada foi publicada no Boletim de Acesso Restrito do Exército, no dia 30 de agosto.

O documento que permitiu que o menino ingressasse na escola informou que Carla solicitou a vaga por ter se mudado para Brasília depois de ser empossada no cargo. Segundo o ofício, seu pedido estava respaldado pelo artigo 92 do Regulamento dos Colégios Militares.

O artigo dizia que casos considerados especiais poderiam ser apreciados pelo Comandante do Exército, Edson Pujol, à época. O artigo tem caráter genérico e não trata de questões específicas relacionadas ao acesso de alunos.

 

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