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Com visita ao Japão, Lula segue empenhado em priorizar maiores parceiros comerciais

Japão é o quinto dos 10 maiores parceiros comerciais do Brasil já visitados por Lula no início de seu terceiro mandato

atualizado

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Ricardo Stuckert
Lula desembarca no Japão
1 de 1 Lula desembarca no Japão - Foto: Ricardo Stuckert

Com a visita ao Japão para participar da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prossegue empenhado em tocar agendas com os principais parceiros comerciais do Brasil. O país asiático é o nono visitado pelo petista em quatro meses e meio de mandato.

O Japão está entre os 10 maiores parceiros comerciais do Brasil e é o quinto dessa lista visitado pelo petista em seu terceiro mandato. Os demais, pela ordem cronológica de visitação, foram: Argentina, Estados Unidos, China e Espanha.

Em quatro meses, o presidente da República já foi recebido em oito países pelos respectivos chefes de Estado: Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China, Emirados Árabes, Portugal, Espanha e Reino Unido, e está se encontrando com mais líderes no Japão (veja detalhes sobre isso abaixo).

Segundo a Apex, em 2022 o país asiático foi o nono principal destino das exportações brasileiras, compostas, principalmente, de bens de menor valor agregado, com destaque para as commodities agrícolas (como milho, carnes de aves, café e soja) e minerais (como minério de ferro).

Por ser a terceira economia do mundo e segunda da Ásia, o Japão é um mercado atrativo e estratégico para produtos brasileiros, visto que sua população tem alto poder aquisitivo.

Ainda de acordo com a Apex, o Japão é o 12º maior investidor no Brasil, com estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED), conversão para dólares americanos pelas paridades históricas, de US$ 22,8 bilhões em 2021.

Próximas viagens

Está previsto um périplo de Lula pela África ainda no primeiro semestre de 2023, porém, não há confirmação oficial de países. Provavelmente estarão inclusos África do Sul, Angola e Moçambique. Ao dar atenção ao continente africano, Lula se descolou dos demais presidentes em seus dois primeiros mandatos.

Lula deve passar por cirurgia até julho para corrigir problema no fêmur

Na última semana, foi anunciado que Lula precisará passar por uma cirurgia para corrigir um problema no fêmur. Com isso, deverá reduzir o ritmo de viagens por algumas semanas após retornar do Japão.

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Presidente Lula com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida
Lula e Albanese
Lula e líder holandês em reunião bilateral em Brasília
Lula e Alberto Fernandez, da Argentina
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Lula e Macron

Governo da França/Reproduçaõ
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Lula e líder holandês em reunião bilateral em Brasília

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Lula e Alberto Fernandez, da Argentina

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Agenda no Japão

Lula desembarcou no Japão na tarde de quinta-feira (18/5), madrugada de sexta-feira (19/5) no país asiático. O retorno está previsto para a segunda-feira (22/5). Até lá, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), exerce interinamente o comando do país.

Lula embarca para o Japão levando apenas um ministro

Diferentemente de suas primeiras viagens, quando levou vários auxiliares, desta vez Lula viajou acompanhado de apenas um ministro: Mauro Vieira, das Relações Exteriores.

Esta é pelo menos a segunda viagem que o presidente faz sem muitos auxiliares. Na última, para a coroação do rei Charles III, em Londres, nenhum ministro acompanhou o mandatário.

No começo de abril, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convidou Lula para participar da reunião e fazer uma visita oficial ao país. O G7 reúne sete dos países mais ricos do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Reuniões bilaterais

Em Hiroshima, na cúpula que termina neste domingo (21/5), Lula tem se esforçado para fazer reuniões bilaterais reservadas, incluindo uma reunião com o próprio Fumio Kishida.

As conversas incluíram líderes de países em desenvolvimento, como Indonésia e Vietnã, mas tiveram maior foco nos grandes parceiros comerciais e diplomáticos do Brasil, como Alemanha e França.

Com o francês Emmanuel Macron, Lula debateu o tema da Cúpula para um novo pacto financeiro mundial, que será realizada em Paris nos dias 22 e 23 de junho. Os dois discutiram, de acordo com o Itamaraty, a necessidade de continuar a luta contra a desigualdade e, paralelamente, a batalha pelo clima e pela biodiversidade nos países mais pobres, a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento e a segurança alimentar.

A economia também fez parte da conversa de Lula com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Entre sexta-feira (19/5) e domingo (21/5), o chefe do Executivo brasileiro participa de três reuniões temáticas da cúpula e terá encontros bilaterais com pelo menos três outros chefes de Estado e de governo.

Na lista, estão marcados encontros do petista com o presidente da França, Emmanuel Macron; com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; e com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Também estão previstas conversas individuais de Lula com autoridades da Austrália, Japão, Índia, Indonésia, Vietnã, bem como com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

As reuniões bilaterais do presidente brasileiro com chefes de governo de outros países acontecerão à margem da cúpula do G-7, que, em 2023, é realizada na cidade de Horishima.

Veja a programação de reuniões bilaterais de Lula:

19/5 – primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese;
20/5 – primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida;
20/5 – presidente da Indonésia, Joko Widodo;
20/5 – primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi;
20/5 – presidente da França, Emmanuel Macron;
20/5 – chanceler da Alemanha, Chanceler Olaf Scholz;
21/5 – primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau;
21/5 – secretário-geral da ONU, António Guterres;
21/5 – primeiro-ministro do Vietnã, Phạm Minh Chính.

A última vez em que o Brasil participou do G7 foi em 2009, com o próprio Lula. O país participou das cúpulas de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.

Além do Brasil, que não faz parte do grupo, foram convidados os presidentes dos seguintes países: Austrália, Ilhas Comores, Ilhas Cook, Indonésia, Índia, Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul.

Também participam representantes da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Banco Mundial e de outros organismos internacionais.

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