Com suspensão de testes da Coronavac, Bolsonaro diz que “ganhou” de Doria
Anvisa decidiu interromper o estudo sobre o imunizante para a Covid-19 após observar “evento adverso grave”
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (10/11), ao compartilhar a informação de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, ter ganhado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu, em rede social, ao responder ao comentário de um usuário.
A interrupção temporária dos estudos clínicos da vacina chinesa teria se dado devido, segundo anúncio da Anvisa publicado nessa segunda-feira (9/11), a um “evento adverso grave”. Agora, com a suspensão, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado nesta fase de testes.
O Governo de São Paulo informou a morte de um voluntário de 33 anos. As autoridades de saúde, no entanto, disseram que o óbito não tem relação com a vacina.
A morte teria ocorrido no dia 29 de outubro e comunicada à Anvisa, que decidiu interromper os ensaios para avaliar os dados observados até o momento e julgar o risco/benefício da continuidade do estudo.
A suspensão dos estudos clínicos se deu no dia em que o governador de São Paulo anunciou que o estado começa a receber no próximo dia 20 de novembro 6 milhões de doses da Coronavac. Elas chegarão pelo Aeroporto de Guarulhos e, de lá, pouca gente sabe para onde vão.
Após a Anvisa suspender temporariamente os testes com a Coronavac, a Sinovac Biotech disse estar “confiante na segurança da vacina”.
Em nota, a Sinovac informou que conversou com o responsável pelo Instituto Butantan, que não acredita numa relação entre a morte e o imunizante.
Por fim, a empresa chinesa informou que os estudos clínicos são feitos de acordo com as exigências do Good Clinical Practice (GCP, “boas práticas clínicas” em tradução livre).