metropoles.com

Com fim do Ministério do Trabalho, Paulo Guedes vai gerir FGTS e FAT

Atribuições atuais da pasta serão divididas entre o ministério da Economia, da Justiça e da Cidadania no próximo governo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
GloboNews/Reprodução
paulo-guedes-psl
1 de 1 paulo-guedes-psl - Foto: GloboNews/Reprodução

O futuro Ministério da Economia, de Paulo Guedes (foto em destaque), vai ficar com a gestão de dois fundos bilionários do governo: o FGTS e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que banca os pagamentos de abono salarial e seguro-desemprego. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo, que registra: juntos, FGTS e FAT têm patrimônio de R$ 800 bilhões em recursos dos trabalhadores e são considerados estratégicos para o financiamento de investimentos em habitação, infraestrutura e saneamento

Conforme aponta o jornal paulista, a transferência da gestão do FGTS e do FAT para a Economia foi definida após o fatiamento do Ministério do Trabalho, que será extinto pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, de acordo com estrutura apresentada nesta segunda-feira (3/12). As atribuições da pasta serão divididas entre os futuros ministérios da Economia, Justiça e Cidadania.

O ex-juiz federal Sérgio Moro, que comandará a pasta da Justiça, receberá a estrutura responsável pelos registros sindicais, justamente uma das que foram alvo de investigações recentes, no âmbito da Operação Registro Espúrio.

Já a pasta da Cidadania, a ser conduzida por Osmar Terra, será responsável pela estrutura de promoção de políticas para formação profissional, outra área problemática no atual Ministério do Trabalho. Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) no ano passado mostrou que programas de qualificação profissional bancados pela pasta desde 2003, ao custo de R$ 1,75 bilhão, empregaram apenas 10% dos beneficiados.

Segundo a reportagem, além da gestão do FGTS e do FAT, Paulo Guedes também deve ficar responsável pela área de políticas para geração de empregos e com a parte de fiscalização. De acordo com a equipe de transição, ainda está em estudo se a fiscalização de trabalho escravo ficará com Economia ou Justiça.

Fundos
Ainda de acordo com a reportagem, a transferência da gestão do FGTS (com o FI-FGTS) e do FAT para a pasta comandada por Guedes pode ajudar na tarefa do futuro ministro de revisar parte dos gastos obrigatórios. A equipe econômica do governo Temer já defendeu junto a Guedes a restrição ou até o fim do abono salarial, benefício para quem ganha até dois salários mínimos e que custará mais de R$ 19 bilhões em 2019.

O atual governo também defende o fim do seguro-desemprego para reduzir as amarras do Orçamento e abrir espaço para investimentos. Os gastos com abono e seguro-desemprego devem chegar a R$ 59,8 bilhões em 2019, o equivalente a 4,2% das despesas primárias, registra o Estadão.

O Ministério do Trabalho divulgou nota nesta segunda-feira (3) contra o fim da pasta e seu fatiamento, pois tais medidas afrontariam a Constituição Federal.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?