Com expectativa sobre Previdência, Onyx se reúne com Maia e Alcolumbre
Após encontro com os presidentes da Câmara e do Senado, Onyx se encontra a portas fechadas com Jair Bolsonaro
atualizado
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Em uma semana de grandes expectativas para o Executivo e o Legislativo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, começou esta segunda-feira (01/07/2019) em reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcumbre (DEM-AP), e o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, na residência oficial.
Entre as pautas da reunião, estava a votação da reforma da Previdência, marcada para esta terça-feira (02/07/2019), na Comissão Especial. Havia a expectativa de que ela ocorresse na semana passada, no entanto, Onyx afirmou que o adiamento foi, na realidade, uma “vitória” ao Executivo.
“Qual era a expectativa dita pelos analistas de muitos veículos? Que a Previdência só estaria concluída no fim do ano, que ninguém votaria nada no primeiro semestre. E nós estamos ajustando para votar em plenário no primeiro semestre. Isso é vitória”, comentou.
Rodrigo Maia tenta fechar acordo com os líderes para não desidratar a reforma proposta pelo governo de Jair Bolsonaro. O parlamentar também é um dos principais articuladores para devolver os estados e municípios para a proposta. Um encontro do presidente da Câmara com governadores está previsto para acontecer nesta terça-feira (02/07/2019).
Na corda bamba
Onyx, que era encarregado pela articulação do governo com o Congresso Nacional, perdeu o posto para o recém-assumido secretário de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. As especulações são de que, com a troca dos encargos, o chefe da Casa Civil possa cair.
A proximidade do ministro com os titulares do Congresso incomodaria o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que tem se queixado, nos bastidores, da política “toma lá dá cá” de Onyx.
Ainda nesta segunda, Onyx e Bolsonaro têm reunião de portas fechadas. A pauta do encontro não foi informada pelas assessorias. Em seis meses de gestão Bolsonaro, o governo foi marcado pela demissão de mais de 30 integrantes do alto escalão – entre eles quatro ministros.