Com Eduardo presidindo sessão, oposição discursa contra Bolsonaro
Filho 03 do presidente Jair Bolsonaro não respondeu às provocações dos parlamentares do PDT e do PT que subiram à tribuna
atualizado
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Deputados de oposição aproveitaram, nesta quinta-feira (16/12), o período de breves discursos com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sentado na cadeira de presidente da Câmara dos Deputados, e subiram à tribuna para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo.
O vice-líder do PDT, deputado Paulo Ramos (RJ), aliado do ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) – alvo de operação da Polícia Federal nessa quarta-feira (15/12) – afirmou que o governo Jair Bolsonaro usa o Estado para perseguir adversários.
“O exercício parlamentar cria uma vulnerabilidade grande em relação a honra, a honra pessoal todos somos vulneráveis. Numa sociedade democrática sadia os riscos são grandes, mas numa sociedade como a nossa a partir da liderança desse presidente da República a vulnerabilidade é ainda maior, porque ele dispõe de instrumentos de estados para promover perseguições”, disse o pedetista.
Na sequência subiu o deputado Helder Salomão (ES), vice-líder do PT, que destacou a última pesquisa do IPEC, na qual o ex-presidente Lula aparece com 48% das intenções de votos, ante 21% de Bolsonaro, e pontuou que 55% da população avalia o governo como ruim ou péssimo.
“Esses resultados mostram que a população brasileira está muito atenta ao que está acontecendo no Brasil. É óbvio que as pessoas estejam bastante desolada, desanimada e sem perspectiva com o futuro do país. Aumentou fome, desemprego, desigualdade social”, disse ele, pedindo que fosse veiculado o discurso no programa A Voz do Brasil.
O vice-líder da oposição, Jorge Solla (PT-BA), também subiu à tribuna e ironizou o governo.
“Infelizmente, o que podemos desejar é feliz 2023. Porque teremos mais um ano perdido com esse desgoverno. Com desastre, com desmento e com a destruição. Governo genocida, fascista que conseguiu em menos de três anos desmontar todas as políticas públicas que faziam a diferença na vida das pessoas. Estão normalizando os absurdos”, declarou.
Solla comentou ainda que Bolsonaro demitiu a diretora do Iphan por ter tido problemas com o empresário bolsonarist Luciano Hang, das lojas Havan. “Estamos acabando 2021 e fazendo contagem regressiva para acabar 2022. Ninguém acredita que chegaríamos nesse absurdo”, acrescentou.
De cabeça baixa, lendo documentos, Eduardo limitou-se a responder “perfeito”, a cada manifestação, e chamar o deputado seguinte.