Com Covid-19 há 16 dias, Bolsonaro diz em live que está “muitíssimo bem”
Nesta quinta, Bolsonaro quebrou o isolamento para passear de moto na área externa do Palácio da Alvorada e conversou, sem máscara, com garis
atualizado
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Diagnosticado com a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realiza na noite desta quinta-feira (23/7) a tradicional transmissão ao vivo nas redes sociais.
Ele afirmou que não está sofrendo problemas físicos em relação ao seu diagnóstico positivo para Covid-19 e disse que as limitações que tem são “normais da idade”, sem relação com a doença, e que está se sentindo “muitíssimo bem”.
“Eu estou com 65 anos. As limitações são normais, da idade. No resto, me sinto muitíssimo bem, disposto. Estou um pouco agoniado por estar preso aqui dentro de uma sala. Virou programa ver o arriamento da bandeira nacional, se bem que é um ato patriótico. Estou muito bem. Tem que tomar cuidado, mas não precisa ter pavor”, relatou.
Veja:
Quebrou o isolamento
Nesta quinta, Bolsonaro quebrou o isolamento para passear de moto na área externa do Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele estava sem máscara e chegou a conversar, sem a proteção, com funcionários que faziam a limpeza nos jardins da residência oficial da Presidência.
Esta é a terceira semana que o presidente faz a transmissão isolado no Palácio da Alvorada, desde que testou positivo para a doença, em 7 de julho.
Nessa quarta-feira (22/7), o Palácio do Planalto informou que Bolsonaro ainda está infectado pelo novo coronavírus.
Foi o terceiro teste a acusar a contaminação do chefe do Executivo. No total, o presidente já fez seis exames com esse fim, três deles com resultados negativos.
Bolsonaro tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco da Covid-19.
Exames anteriores
Em maio, antes de ser diagnosticado com a doença, o jornal O Estado de S.Paulo entrou com uma ação na Justiça para ter acesso aos exames do presidente que, segundo ele, haviam dado negativos.
À época, o governo alegava que os exames eram de “foro íntimo” do presidente e que ele não era obrigado a apresentá-los.
Após uma disputa judicial, o governo perdeu e teve de entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os laudos dos três exames, todos com resultado negativo, mas sem o nome do presidente Jair Bolsonaro. Nos três exames foram usados codinomes para, segundo o governo, preservar a identidade e a segurança do presidente.
No entanto, no exame que confirmou o diagnóstico positivo para o novo coronavírus constava o nome do próprio presidente Bolsonaro. Veja o exame, feito por uma unidade do laboratório Sabin, em Brasília, aqui.
O Metrópoles questionou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República sobre a mudança no protocolo, mas não obteve resposta.