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Collor nega ‘qualquer ingerência’ na BR Distribuidora

De acordo com Fernando Baiano, houve “negociações envolvendo políticos, em que as circunstâncias sugeriam tratar-se de negócios ilícitos”

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Jefferson Rudy/ Agência Senado
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello chegou a confirmar presença. Mas, dois dias antes da festa, avisou que não irá
1 de 1 O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello chegou a confirmar presença. Mas, dois dias antes da festa, avisou que não irá - Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

O senador Fernando Collor (PTB-AL) negou “qualquer ingerência” na BR Distribuidora. O lobista Fernando Baiano, apontado pela Operação Lava Jato como operador de propinas do PMDB, afirmou que, em 2012, o então diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró (que havia sido diretor da área Internacional da Petrobras) comentou com ele sobre uma suposta pressão feita por Collor na subsidiária da estatal petrolífera.

De acordo com Fernando Baiano, Cerveró falou sobre “negociações envolvendo políticos, em que o tom, o contexto e as circunstâncias sugeriam tratar-se de negócios ilícitos”.

“Se recorda de Nestor Cerveró ter comentado sobre uma negociação em que o senador Fernando Collor estaria pressionando para a BR Distribuidora adquirir uma quantidade enorme de álcool de uma safra futura, perante usinas indicadas pelo parlamentar, o que pareceu estranho ao depoente e a Nestor Cerveró, até mesmo pelo valor, que girava em torno de R$ 1 bilhão”, afirmou Baiano.

Na delação, o lobista não diz se a compra se concretizou.

O outro lado 
Por meio de nota, o senador negou “enfaticamente ter exercido qualquer ingerência – muito menos pressão – sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora”. “O senador não se dignará a responder a especulações infundadas de delator a partir do que supostamente ouviu dizer de terceira pessoa, e que não apontam concretamente qualquer fato específico, nem lhe atribuem prática de qualquer ilegalidade”.

Collor já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que Collor recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e por outros contratos da estatal com a UTC Engenharia, outro alvo da Lava Jato.

A denúncia contra Collor detalha o esquema de lavagem de dinheiro usado pelo senador, com a compra de carros de luxo, além de delações que apontam entrega de dinheiro em mãos ao político. Subordinado do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, Rafael Ângulo relatou ter dado pessoalmente R$ 60 mil a Collor em um apartamento do parlamentar. A Polícia Federal também obteve a confirmação de oito comprovantes de depósito em nome do senador, mencionados em delação por Youssef. O doleiro disse ter feito “vários depósitos” a Collor, no valor de R$ 50 mil.

 

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