CNI: 60% dos industriais acham governo Bolsonaro ótimo ou bom
Pesquisa mostra que ações nas áreas de relações do trabalho e de juros são as mais bem avaliadas pelos empresários
atualizado
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Os industriais brasileiros têm uma avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Sessenta por cento deles consideram o governo ótimo ou bom e apenas 7% avaliam como ruim ou péssimo. Outros 26% acham que o governo é regular, informa a Sondagem Especial: Avaliação do Governo pelo Empresário Industrial, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa ouviu 1.914 empresários de todo país entre os dias 2 e 10 deste mês. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e, a confiança, de 95%.
O governo é mais bem avaliado pelos empresários do Sul. Naquela região, 71% dizem que o governo é ótimo ou bom. No Centro-Oeste, esse número é de 68%. No Norte, é de 62% e, no Sudeste, de 57%. “A região Nordeste é onde os empresários industriais aprovam menos o governo. Ainda assim, 50% avaliam o governo como ótimo ou bom”, diz a pesquisa.
Além disso, 65% dos entrevistados confiam no presidente Bolsonaro e 64% aprovam sua maneira de governar. Na indústria da construção, 69% confiam em Jair Bolsonaro e 69% aprovam a maneira de governar do presidente. Na indústria de transformação, 67% confiam no presidente e 65% aprovam sua maneira de governar. Na indústria extrativa, 62% confiam no presidente e 59% aprovam sua maneira de governar.
A pesquisa mostra ainda que as ações do governo nas áreas de relações do trabalho e de juros são as mais bem avaliadas pelos industriais. Entre os entrevistados 64% consideram como ótima ou boa a atuação do governo sobre as relações de trabalho. Na área de taxa de juros, esse percentual é de 63%. A terceira área com melhor avaliação é a redução da burocracia, considerada ótima ou boa por 47%.
“Felizmente, estamos passando por um período de reformas estruturais, de cunho liberalizante, que favorecerão o retorno da estabilidade macroeconômica, perdida na recente recessão”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Essas reformas, em especial as que se destinam a modernizar os regimes trabalhista, previdenciário e tributário, estão sedimentando o terreno para o aumento do consumo, dos investimentos e da produção”, acrescenta Robson Andrade.
Interesses da Indústria
Os empresários também acreditam que as medidas adotadas pelo governo Bolsonaro ajudaram a melhorar o desempenho da economia. Conforme o levantamento, 75% concordam totalmente ou em parte que as políticas e ações do governo contribuíram para a melhoria da economia neste ano. E mais: e 73% concordam totalmente ou em parte que a situação econômica estaria pior se não fossem as medidas do governo.
De acordo com a pesquisa, 57% dos empresários consideram que o ambiente hoje é muito mais ou mais seguro para tomar decisões de negócios do que em dezembro de 2018. Quase metade, 49%, dos entrevistados avaliam que as políticas do governo Bolsonaro estão alinhadas ou muito alinhadas aos interesses da indústria.
Diante desse cenário, o presidente da CNI acredita que 2020 será melhor do que 2019. “O ano que se encerra foi de transição, com a política econômica não só corrigindo erros do passado, mas também viabilizando medidas até então adiadas, a exemplo da reforma da Previdência Social”, destaca Robson Andrade. “A indústria brasileira tem a expectativa de que 2020 marcará o início de uma década mais promissora para o país. Iniciativas na direção correta aumentarão a produtividade e a competitividade da economia, com bons resultados para as empresas e os trabalhadores.”
Avaliação popular
Essa também é a percepção dos brasileiros, que estão otimistas com o próximo ano. Quase metade (49%) da população acredita que a situação econômica do país vai melhorar em 2020. Outros 24% dizem que ficará igual e 24% afirmam que a situação vai piorar, informa o levantamento que ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 5 e 8 deste mês.
De acordo com a pesquisa, a população apoia as reformas estruturais e as medidas do atual governo nas áreas econômica e social. A maioria dos brasileiros também concorda com a redução dos impostos e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na contratação de jovens e com as privatizações e concessões na área de infraestrutura.
Na avaliação dos brasileiros, o desemprego, com 30% das citações, a segurança pública e a violência, com 24% das menções, e a saúde, também com 24% das respostas, lideram a lista dos problemas que vão melhorar em 2020. Em quarto lugar, com 23% das citações, vem a educação, e, em quinto, com 16% das respostas, a corrupção. A margem de erro da pesquisa, feita pelo Ibope-Inteligência, é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.
Com informações da CNI