Citado em dois inquéritos, Temer não é investigado
Chefe do Executivo detém “imunidade temporária” e não responderá neste momento sobre pedidos de repasse para campanha
atualizado
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O presidente da República, Michel Temer (PMDB), é citado em dois inquéritos encaminhados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não será investigado em razão da “imunidade temporária” que detém na condição de chefe do Executivo.
Um dos inquéritos tem como alvo os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, que, segundo informações trazidas por seis delatores, cobraram propina para irrigar campanhas eleitorais em nome do PMDB e de Michel Temer.
O outro inquérito em que Temer é citado foi aberto para investigar o senador Humberto Costa (PT). Segundo o resumo do ministro Edson Fachin, seis colaboradores narraram a ocorrência de solicitação de vantagem indevida, por parte de agentes públicos vinculados à Petrobras. Além de Temer e de Humberto Costa, são citados o ex-deputado Eduardo Cunha, a ex-presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da Petrobras Graça Foster.
“A investigação deve tramitar em conexão com a do senador Humberto Costa, com exceção do atual presidente da República, Michel Temer. Isso porque ele possui imunidade temporária à persecução penal”, disse Janot no pedido de abertura de inquérito.