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Ciro: “Não sou Dilma. Acha que um marginal como Cunha me derrubaria?”

Durante discurso, o pré-candidato à Presidência da República admitiu que precisará de apoio do povo para governar o país

atualizado

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Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes disse, na manhã desta quinta-feira (26/4), que, se eleito, não será tarefa fácil derrubá-lo do cargo, mas admitiu que precisará de respaldo popular para governar. “Se vocês (vereadores, sociedade, povo) deixarem, vão me derrubar. (Mas) Não vai ser fácil não, porque não sou a Dilma (Rousseff), sou do ramo. Tu acha que um marginal como Eduardo Cunha me derrubaria? É preciso ser muito mais homem do que eu para me derrubar”, disse na 16ª Marcha dos Vereadores, em Brasília.

Em discurso, o pré-candidato afirmou ser preciso dar apoio ao próximo presidente, caso contrário “eles vão derrubar o terceiro, o quarto, o quinto porque isso está escrito nesse país enquanto não virarmos o jogo”. Para o ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, ter na história da redemocratização dois presidentes cassados faz com que o país “não aguente esse nível de instabilidade”. “A nação vai precisar se dar as mãos para sair dessa profunda encalacrada.”

Na avaliação de Ciro, o Congresso Nacional derrubou Dilma Rousseff, “uma presidente honrada, embora estivesse fazendo um governo ruim”, num processo de impeachment “inventado”. Segundo ele, não dá mais para aceitar “gente que não tem voto” governando. “Remédio para governo ruim é pressão popular e data de eleição para mudar”, afirmou.

Ao criticar o ativismo judicial, Ciro disse que a nomeação do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil por Dilma foi um “erro brutal” por passar a mensagem de fim da autoridade dela e de que Lula precisava sair da jurisdição do juiz Sérgio Moro. Para o presidenciável, ao barrar a nomeação do petista, o Supremo Tribunal Federal (STF) invadiu as prerrogativas do Executivo.

O pré-candidato afirmou que é preciso restaurar o poder político como “imperativo da democracia” e reclamou que outros personagens de fora da política estão ocupando o vácuo de poder. Em seu discurso, Ciro criticou os magistrados que falam demais e que, em sua avaliação, também estão fazendo política ao se expor

Aos vereadores, Ciro disse que o Brasil tem um problema estrutural a resolver e a porta de saída para o problema está na restauração da democracia e da liderança política. Segundo o pré-candidato, enquanto o país perde com a crise, o sistema financeiro “enche a pança”.

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