Ciro diz que Bolsonaro tenta tumultuar eleição ao não ir depor à PF
O presidente desobedeceu decisão de Alexandre de Moraes e não foi depor na investigação sobre vazamento de dados sigilosos do TSE
atualizado
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O pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes (CE), criticou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), de não comparecer ao depoimento marcado para esta sexta-feira (28/1) na Polícia Federal e acusou o mandatário de tentar novamente criar uma crise institucional entre o Executivo e o Judiciário.
“A nação deve acompanhar com o máximo de atenção o desenrolar da nova crise institucional criada por Bolsonaro que decidiu confrontar, de forma irresponsável e autoritária, uma decisão do STF”, disse Ciro, por meio de sua rede social.
A nação deve acompanhar com o máximo de atenção o desenrolar da nova crise institucional criada por Bolsonaro que decidiu confrontar, de forma irresponsável e autoritária, uma decisão do STF.
— Ciro Gomes (@cirogomes) January 28, 2022
“É mais um capítulo na escalada de gerar conflitos e impasses que tumultuem – ou tentem inviabilizar – o curso normal das eleições, já que ele se sente antecipadamente derrotado”, declarou Ciro, que pediu uma postura alerta das instituições.
“Congresso Nacional, Forças Armadas, sociedade civil e comunidade internacional devem se colocar em grau permanente de alerta. Mesmo que este episódio seja superado, outros surgirão, pois é isto que Bolsonaro tem feito, com pausas meramente táticas, desde o ano passado”, alertou.
Bolsonaro não cumpriu determinação de Alexandre de Moraes e faltou ao depoimento à Polícia Federal, que deveria ocorrer presencialmente às 14h.
Onze minutos antes do horário marcado, a AGU protocolou um pedido na Corte solicitando que o recurso fosse submetido ao plenário, “a fim de que seja reformada a decisão agravada”.
O agravo regimental só chegou ao gabinete de Moraes às 14h08, depois do estipulado para começar o depoimento.
Em seguida, Alexandre de Moraes negou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o Plenário da Corte decida sobre a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro depor em outro momento no âmbito do inquérito que investiga vazamento de dados sigilosos sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).