“Ciência é a única arma para vencer o coronavírus”, diz Marcos Pontes
Na semana passada, ministro da Ciência destoou do presidente Bolsonaro e disse ser a favor da vacinação obrigatória contra a Covid-19
atualizado
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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, tenente-coronel Marcos Pontes, disse nesta segunda-feira (26/10) que “a ciência é a única arma que nós temos para realmente vencer” o novo coronavírus.
“No momento como este, em que nós enfrentamos uma pandemia, acho que ficou bem clara a importância da ciência e da tecnologia no contexto do combate ao vírus em si”, afirmou o ministro.
O comentário foi feito em lançamento de relatórios lançados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) intitulados “A Caminho da Era Digital no Brasil” e “Telecomunicações e Radiodifusão no Brasil”.
Além de Pontes, os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Comunicação, Fábio Faria, e da Casa Civil, general Braga Netto, participaram do encontro. Eles destacaram o desejo do país de entrar na OCDE.
Na semana passada, ao ser questionado sobre vacinação contra a Covid-19, Marcos Pontes afirmou que é a favor da imunização obrigatória, desde que as doses tenham sido testadas e tenham eficácia comprovada.
“Pessoalmente, acho que se tem algo que é testado, provado, que passou por todos os testes, então tudo bem, não tem problema nenhum”, afirmou o ministro da Ciência, em Campinas, na quarta-feira (21/10).
O ministro usou como exemplo a vacinação obrigatória no caso da BCG, aplicada em recém-nascidos do país. Pontes, no entanto, defendeu que é contra “obrigar uma pessoa a testar” uma eventual vacina.
A fala destoa do que defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Executivo tem apresentado posição contrária à vacinação obrigatória — o entendimento é seguido pelo Ministério da Saúde.
Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro defendeu que não se deve “correr” para produzir a vacina contra a Covid-19 e sugeriu investir na “cura” com hidroxicloroquina, ivermectina ou nitazoxanida.
“Eu dou minha opinião pessoal. Não é mais barato nem fácil investir na cura do que na vacina? Ou jogar nas duas, mas também não esquecer a cura. A cura aí… eu, por exemplo, sou um testemunho”, disse Bolsonaro.