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Cidadania anuncia pedido de CPI para apurar denúncias de Moro

Ao confirmar a saída do governo, o agora ex-ministro da Justiça acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal

atualizado

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A líder da bancada do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), anunciou que senadores e deputados federais do partido entrarão com pedido de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar denúncias feitas pelo ex-juiz Sergio Moro, nesta sexta-feira (24/04), ao pedir demissão do Ministério da Justiça.

Moro acusou o presidente de tentar intervir na Polícia Federal (PF), de querer indicar, para comandá-la, alguém com quem tivesse uma linha direta de comunicação, e de trocar o diretor-geral, Maurício Valeixo, sem seu consentimento.

No pedido que será protocolado no Congresso, o Cidadania afirma que quer “apurar a atuação do Presidente da República de modo diametralmente oposto ao interesse público e incompatível com as prerrogativas e responsabilidades do mandatário que ocupa a mais alta função do Poder Executivo Federal”.

O partido aponta justamente as “tentativas de interferência no regular desempenho das atividades da Polícia Federal, em investigações em curso no órgão e em inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de obter informações e relatórios de inteligência” e a exoneração de Valeixo,”com assinatura, à revelia, do ex-Ministro da Justiça, configurando-se, em tese, o cometimento de ilícitos nas searas administrativa e criminal”.

Pedidos de CPMI precisam, segundo o regimento interno do Congresso, do apoio de um terço dos parlamentares de cada Casa. A liderança do Cidadania no Senado informou que já conseguiu as 27 assinaturas mínimas no Senado e que, na Câmara, a coleta ainda está em andamento.

Os três senadores do partido se manifestaram pelas redes sociais em apoio a Moro e cobrando explicações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Os fatos apontam que o presidente Jair Bolsonaro provavelmente cometeu crime de responsabilidade. Isso precisa ser imediatamente apurado, seja pela PGR (Procuradoria-Geral da República), seja pelo Congresso Nacional. O Brasil já mostrou nas urnas que não aceita a corrupção. A omissão nessa hora é injustificável”, escreveu Alessandro Vieira (SE).

Jorge Kajuru (GO), por sua vez, classificou como “muito duras” as declarações e disse que, “como brasileiro”, se preocupa com o futuro do combate à corrupção no país. Na Câmara, o deputado Alex Manente (SP) disse que Moro “representa a ética na política e o avanço do Brasil no combate à corrupção” e que “sua demissão é resultado de interferências que comprometem os pilares da ética na política”. “Dia de luto para o Brasil”, escreveu.

O ex-ministro da Cultura e deputado Marcelo Calero (RJ), por sua vez, defendeu a autonomia da PF e disse que os policiais integram “mais uma carreira de Estado sendo atacada por Bolsonaro”. “Em seu projeto inescrupuloso de poder, só há espaço para os interesses mesquinhos e canalhas, seus e de seus familiares”, criticou ele.

Pedido CPMI sobre declaraçõ… by Bruna Aidar on Scribd

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