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China enviará vice-presidente do Congresso para posse de Bolsonaro

Escolha foi vista como uma decisão protocolar; trata-se de um representante de nível elevado, porém sem status especial na área diplomática

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1 de 1 china - Foto: Reprodução

 

O Ministério das Relações Exteriores chinês informou ontem que o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Ji Bingxuan, será o enviado especial do presidente Xi Jinping para a cerimônia de posse do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL). A escolha foi vista nos meios diplomáticos brasileiros como uma decisão protocolar. Trata-se de um representante de nível elevado, porém sem status especial na área diplomática.

De maneira bastante sutil, os chineses parecem sinalizar com um projeto de aproximação entre o Partido Comunista de seu país e o partido do presidente eleito, o Partido Social Liberal (PSL). Ji foi chefe do Partido na província de Heilongjiang de 2008 a 2013. Neste ano, integrantes do PSL foram convidados a visitar a China, mas recusaram.

Logo após as eleições, Bolsonaro declarou que não venderia os ativos de geração de energia da Eletrobrás aos chineses, que estão “comprando o Brasil”. Ao que os chineses responderam, por meio de um editorial num jornal destinado ao Ocidente, que o país poderia pagar caro por suas escolhas.

Apesar disso, e de Bolsonaro haver escolhido um chanceler, Ernesto Araújo, que defende um alinhamento com os Estados Unidos e a construção de uma aliança ocidental, o diálogo não foi interrompido. O presidente eleito já conversou com o embaixador chinês, Li Jinzhang. Chegou à embaixada chinesa um sinal que Bolsonaro pretende visitar o país.

De acordo com o Itamaraty, até essa quinta-feira (27/12) 12 chefes de Estado e governo haviam confirmado presença na posse de Bolsonaro. Também deverão vir três vice-presidentes, 11 chanceleres, 16 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais.

Entre os chefes de Estado, os destaques ficam para o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, do Chile, Sebastián Piñera, do Paraguai, Mario Abdo Benítez e do Uruguai, Tabaré Vázquez. Os Estados Unidos serão representados pelo secretário de Estado, Mike Pompeo.

Israel
Netanyahu chega nesta sexta-feira ao Rio de Janeiro, onde vai almoçar com Bolsonaro. Depois, terá reunião de trabalho com o presidente eleito e os futuros ministros das Relações Exteriores e da Defesa, Fernando Azevedo. No fim da tarde, ele deve ir à Sinagoga Beit Yaakov.

Segundo a programação divulgada pela Embaixada de Israel, o primeiro-ministro terá uma agenda privada no sábado. No domingo, receberá a imprensa brasileira. Em seguida, vai reunir-se com líderes da comunidade judaica e com Amigos Cristãos de Israel. Na segunda-feira ele falará com a imprensa israelense e com emissoras de TV brasileiras.

Netayahu só virá a Brasília no dia 1º. Vai receber o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández e almoçará com Pompeo. Em seguida, participará da cerimônia de posse. À noite, no Itamaraty, vai reunir-se com Piñera. Em seguida, partirá para Israel.

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