PF: Chico Rodrigues atuava como “gestor paralelo” da Saúde em Roraima
Flagrado com dinheiro na cueca, o senador licenciado Chico Rodrigues é suspeito de desviar cerca de R$ 1 milhão da Saúde
atualizado
Compartilhar notícia
O senador licenciado Chico Rodrigues (DEM-RR), ex-vice-líder do governo Bolsonaro, atuava como “gestor paralelo” na Secretaria de Saúde de Roraima, segundo investigação da Polícia Federal (PF).
De acordo com relatório da PF obtido pelo portal G1, Chico Rodrigues cobrava a liberação do dinheiro de emendas parlamentares para o pagamento de empresas investigadas no esquema criminoso.
“Você adiantou o pgto da Gilce/18: serviços?”, disse o senador roraimense, em mensagem encaminhada a um funcionário, ao cobrar o adiantamento do pagamento da empresa de fornecimento de álcool em gel.
“A forma com que o senador cobrava o pagamento indica que o parlamentar estaria atendendo não apenas aos interesses do estado de Roraima, mas também aos seus próprios”, concluiu a PF.
Como mostrou o Metrópoles, o ex-vice-líder do governo Bolsonaro teria desviado, pelo menos, R$ 965,8 mil de recursos públicos, segundo levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU).
Os potenciais desvios de recursos públicos deveriam ter sido aplicados no combate à pandemia do novo coronavírus em Roraima. No entanto, há indícios de fraudes e direcionamento de licitação no processo.
Para a PF, Chico Rodrigues faz parte do núcleo político da organização criminosa, que conta com a participação da empresa Quantum Empreendimentos em Saúde, além de funcionários e do então secretário de Saúde do estado.
“A contratação em comento apresentou sobrepreço de R$ 965.800,00. O sobrepreço, assim que se materializa o respectivo pagamento, transmuda-se em superfaturamento”, ressaltam os investigadores.