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“Chega de bananas e demagogos na política brasileira”, diz Bolsonaro

Em fórum de investimentos em São Paulo, o presidente voltou a criticar ministros do STF, a quem acusou de serem “demagogos”

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Presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia “Brasil pela Vida e pela Família 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia “Brasil pela Vida e pela Família 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ao repetir críticas a decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (14/6), que há “bananas” e “demagogos” na política brasileira. Em discurso na abertura do 5º Fórum de Investimentos Brasil 2022, em São Paulo, Bolsonaro criticou nominalmente ministros do STF que compõem atulamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, respectivamente, atual, ex e futuro presidentes da Corte eleitoral.

“Os morros do Rio, onde o Fachin disse que a polícia não pode entrar nem sobrevoar helicópteros, estão cheios de fuzis, viraram um refúgio da bandidagem do Brasil todo. Parabéns, ministro Fachin. Tremenda colaboração com o narcotráfico, com a bandidagem de maneira geral. Ora, isso é mentira? É fake news ou é verdade? ‘Ah, não podemos criticar decisões’. Por que não? Quem eles pensam que são?”.

Fachin relata ação que determinou a elaboração de plano para reduzir a letalidade policial em comunidades do Rio de Janeiro.

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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Na sequência, Bolsonaro disparou críticas à possível aprovação de um novo marco temporal na demarcação de terras indígenas no Brasil, ameaçou descumprir eventual mudança no entendimento judicial, e disse:

“Chega de bananas na política brasileira, de demagogos que ficam falando bonito para vocês e por trás fazem outra coisa completamente diferente”.

O titular do Palácio do Planalto tem elevado o tom nos ataques ao Judiciário e seus representantes. Insinua que os ministros do TSE já escolheram o lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na semana passada, também ao comentar o marco temporal, Bolsonaro disse não ser mais do tempo em que decisão judicial se cumpre.

“Eu fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo. Não sou mais. Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável o que fazem. Querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil”, declarou.

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