Chefe da política de combate a incêndios florestais do Ibama pede demissão
Segundo o Ibama, José Carlos Mendes de Morais pediu para deixar o cargo alegando motivos pessoais. Destruição de matas está acelerada
atualizado
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Chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), José Carlos Mendes de Morais pediu exoneração do cargo.
Morais foi nomeado há um mês. Segundo o Ibama, ele pediu exoneração alegando motivos pessoais. O Prevfogo é responsável pela política de combate aos incêndios florestais em todo o território nacional.
Em uma mensagem enviada aos servidores comunicando que havia solicitado sua exoneração, Morais não deixou claro o que motivou a sua saída. Disse apenas que se tratava de “motivo de força maior”.
Morais agradeceu o apoio dos colegas no que ele chamou de “difícil, mas importante missão de promover o combate aos incêndios florestais que tem assolado várias regiões do país”.
Afirmou ainda estar certo de que continuarão “nessa luta de contribuir com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável”.
A nomeação foi publicada em 11 de setembro deste ano no Diário Oficial da União (DOU), por meio de uma portaria assinada pelo presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim.
Para se ter dimensão de como a destruição de matas e florestas está acelerada em 2020, os focos de incêndio registrados nos nove primeiros meses são os maiores em 10 anos.
Até o início de outubro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 175.671 focos de calor em todos os biomas brasileiros. O índice é o maior desde 2010, quando foram notificados 257.100 focos no mesmo período.
Até o momento, os biomas mais castigados pelo fogo são a Amazônia (80.221 focos), o Cerrado (53.134), o Pantanal (19.215) e a Mata Atlântica (15.295). Somente a Amazônia e o Cerrado representam 75,9% de todas as queimadas monitoradas pelo Inpe.