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Chapa PT-PSB começa com “companheiro Alckmin” e “companheiro Lula”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o ex-tucano Geraldo Alckmin e salientou o respeito entre os dois, mesmo quando eram rivais

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São Paulo – O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Partido dos Trabalhadores receberá o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como “um velho companheiro”. O petista e o ex-governador selaram, em uma reunião em São Paulo, nesta sexta-feira (8/4), a chapa para corrida presidencial de outubro.

“Alckmin, obrigado, você será recebido como um velho companheiro dentro do partido dos trabalhadores. […] Tenho certeza que o Partido dos Trabalhadores irá aprovar o seu nome como candidato a vice” disse Lula durante o evento.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

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Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro

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Em 18 de março de 2022, Alckmin anunciou a filiação ao PSB, depois de 33 anos no PSDB

Divulgação/ Ricardo Stuckert
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Carlos Siqueira, Geraldo Alckmin, Lula e Gleisi Hoffmann

Fábio Vieira/Metrópoles

O petista chegou a dizer que Alckmin não pode ser tratado de ex-governo e que ele não poderia ser chamado de ex-presidente: “Você me chama de companheiro Lula e eu te chamo de companheiro Alckmin”, pediu.

Após a recepção de Lula, Alckmin reagiu com bom humor, deu uma gargalhada e quando foi cumprimentar a presidente da legenda, já incorporou o prenome. “Companheira Gleisi”, exclamou, abraçando a petista.

Alckmin e Lula se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial de 2006, quando Lula foi reeleito para o segundo mandato. O ex-presidente aproveitou a ocasião para enfatizar que além de terem sido adversários, os dois nunca se “desrespeitaram”.

“Eu já adversário do Alckmin, já fui adversário do Serra, já fui adversário do FHC e nunca nos desrespeitamos. Nunca deixamos de nos tratar de forma civilizada, dentro daquilo da democracia. É isso que vamos fazer nesse país”, completou o petista.

Ex-adversários políticos, Alckmin e Lula apareceram juntos pela primeira vez no fim de 2021, em um jantar organizado por grupo um de advogados em São Paulo. Novamente na cidade, o ato concretizou a união.

Formalização da chapa

Além de formalizar a chapa, a reunião também serve para que PT e PSB deem continuidade às discussões das chapas estaduais.

A questão mais difícil está mesmo em São Paulo, onde os dois partidos tentam emplacar candidaturas. Participam da reunião também os presidentes dos dois partidos, Gleisi Hoffmann (PT) e Carlos Siqueira (PSB). Também integram da conversa os dois pré-candidatos, os deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o senador Paulo Rocha (PT-PA).

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