Cenário local atrapalha negociação de três partidos com PSB
A sigla socialista se tornou alvo de cobiça por presidenciáveis após desistência de Joaquim Barbosa de concorrer nas eleições
atualizado
Compartilhar notícia
O cenário eleitoral em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco dificultam as negociações de três presidenciáveis e seus respectivos partidos com o PSB: o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do PT — que mantém a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado pela Operação Lava Jato. A sigla socialista passou a ser cobiçada por diversos presidenciáveis após a decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa de não disputar a eleição.
Dirigentes do PSB foram procurados por interlocutores de pelo menos três presidenciáveis. O líder nacional da legenda, Carlos Siqueira, encontrou-se com os dirigentes do PDT, Carlos Lupi; do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR); e do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP). Nas conversas, o partido avisou que vai considerar o alinhamento político e programático e a convergência nas alianças nos estados.
Em Pernambuco, sétimo maior colégio eleitoral do Brasil, a reeleição do governador Paulo Câmara é prioridade para o PSB. Para isso, a legenda quer o apoio do PT, que condiciona a negociação ao suporte do PSB a Lula no plano federal. A contrapartida é considerada “fatura muito alta” dentro da legenda. Em Minas, PT exige apoio à reeleição de Fernando Pimentel, mas o PSB também é cobiçado pelo PSDB.
PSB e PSDB também negociam aliança em São Paulo. O governador Márcio França (PSB) sonha em ter apoio a Geraldo Alckmin. As negociações do PSB com PSDB e PT preocupam o ex-ministro Ciro Gomes, que tenta trazer a legenda para a vice de sua chapa.