Caso Marielle: “Eu conduziria melhor o inquérito”, diz Bolsonaro
Presidente acusou governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de tentar incriminá-lo no processo que investiga morte da ex-vereadora
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste sábado (14/12/2019) que conduziria de forma “muito melhor” o inquérito que investiga a morte da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ambos assassinados em março de 2018. Bolsonaro ainda acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de tentar incriminá-lo.
“Vocês têm dúvida [de] que o governo do Rio está atrás de mim? Vocês têm dúvida disso? Olha o caso do porteiro. Com todo respeito, acho que vocês não são delegados de polícia. Nem eu, [mas] eu conduziria muito melhor o inquérito. Me acusar numa quarta-feira de eu ter recebido um telefonema de um suspeito de ter matado Marielle, eu estando em Brasília, pelo amor de Deus, né?”, disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Entenda
Em outubro deste ano, o Jornal Nacional, da TV Globo, veiculou uma reportagem com depoimento de um dos porteiros que trabalhava no condomínio onde Jair Bolsonaro tem uma casa, no Rio de Janeiro. O funcionário citou o presidente ao relatar que um dos suspeitos de participação na morte da vereadora foi até o local e pediu para ligar na casa de Bolsonaro, e de onde teria saído a autorização para o homem entrar.
No entanto, em novo depoimento à Polícia Federal, o porteiro não confirmou que Bolsonaro teria liberado a entrada de um dos suspeitos no condomínio. Na ocasião, o porteiro ainda alegou que errou o número da casa para qual o suspeito iria.