Caso Flordelis: Mesa da Câmara decide encaminhar processo à corregedoria
A deputada é acusada pelo MPRJ de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019
atualizado
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A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta terça-feira (01/9), encaminhar o pedido de representação contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar à Corregedoria da Casa. O Conselho de Ética deve ser reaberto nos próximos dias.
A deputada será notificada em até cinco dias. Após o recebimento, ela terá até dez dias para apresentar defesa por escrito. A partir daí, a Corregedoria terá até 45 dias úteis para analisar o processo.
Os parlamentares decidiram seguir o rito normal da Casa, visto que só houve a representação do deputado federal Léo Motta (PSL-MG). A Casa não recebeu até agora a documentação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Contudo, há pressão entre parlamentares para dar celeridade à análise do processo.
Como o Conselho de Ética não tem realizado reuniões durante a pandemia da Covid-19, e há pressão de parlamentares para que o colegiado seja instalado para analisar o caso, integrantes da Mesa assinaram um projeto de resolução para permitir a reabertura de quatro comissões – Constituição e Justiça, Finanças e Tributação e Fiscalização e Controle, além do Conselho de Ética.
Flordelis foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela foi alvo de busca e apreensão na última semana, mas, na ocasião, o MPRJ não solicitou à Justiça a prisão da deputada. Flordelis, no entanto, alega inocência.
Na última semana, o deputado Léo Motta (PSL-MG) apresentou representação contra Flordelis. Normalmente, por ser uma denúncia de um deputado contra outro, a representação seria enviada à Corregedoria, que analisa e encaminha ao Conselho de Ética. Quando a iniciativa é de um partido, a denúncia segue direto para o Conselho.