Casa de Funaro é invadida por três homens e ele pede investigação à PF
Ataque teria ocorrido no último domingo (10/9), no bairro Jardins, em São Paulo. Funaro é vizinho de Joesley Batista
atualizado
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Lúcio Funaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação para apurar a suposta invasão à casa dele em São Paulo. Segundo o operador financeiro, o ataque aconteceu no último domingo (10/9), no bairro Jardins. Três homens foram vistos entrando na residência através do muro que separa a casa de Funaro da de seu vizinho, o empresário Joesley Batista.
No pedido, Funaro solicita que as causas da invasão à residência, na qual moram sua filha e a esposa, sejam investigadas. “Os indivíduos chegaram à varanda dos quartos e, ao serem vistos, fugiram sem levar nada”, diz trecho do documento enviado ao STF. Funaro pede a intervenção da Polícia Federal no caso.
Funaro, apontado como operador financeiro do PMDB, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no dia 22 de agosto. Na sua lista de acusados, estão figuras importantes, como o presidente Michel Temer; o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco; e o ex-ministro Geddel Vieira Lima — todos do PMDB.“Ainda que tais fatos não estejam, em princípio, diretamente relacionados ao acordo de colaboração, ou seja, mesmo ante à inicial ausência de elementos comprobatórios para afirmar que a situação consistiu em intimidação, a defesa […] requer o encaminhamento da presente petição, do documento que a instrui e do vídeo do sistema interno de vigilância da residência à Polícia Federal”, acrescenta o documento enviado ao STF.
Funaro, que está preso desde julho do ano passado, encontra-se atualmente no Complexo Penitenciário da Papuda. O vizinho dele em São Paulo, Joesley Batista, se entregou à Polícia Federal no último domingo (10) após ter a prisão decretada pelo ministro do STF Edson Fachin. Na segunda (11), o empresário foi transferido para Brasília, onde está sob custódia na Superintendência da PF.