Casa Civil pede à CPI mais prazo para enviar e-mails de Braga Netto
Há suspeitas de que as ordens para privilegiar a vacina Covaxin em detrimento de outros imunizantes envolvem o ministro
atualizado
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A Casa Civil solicitou, nesta quinta-feira (22/7), a prorrogação de prazo para 10 dias úteis para responder o requerimento da CPI da Covid-19, que quer cópias de e-mails e demais comunicações entre o então ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e servidores da pasta com autoridades do Ministério da Saúde.
Há suspeitas entre os senadores de que as ordens para privilegiar a vacina indiana Covaxin em detrimento de outros imunizantes envolviam o então chefe da Casa Civil e atual ministro da Defesa. Braga Netto também atuou como coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19.
Segundo o ofício da Casa Civil, foram identificados 157 servidores que se enquadram no escopo do pedido, o que impossibilita o atendimento no prazo original de cinco dias corridos.
“Em que pesem os significativos esforços envidados no sentido de cumprir rigorosamente os prazos estipulados, estes têm se demonstrado insuficientes, configurando obstáculos adicionais à elaboração das respostas, especialmente considerando-se a necessidade do fornecimento de dados completos e atualizados, com o objetivo de apresentar as melhores informações disponíveis à condução dos trabalhos dessa CPI”, argumenta.
As negociações da Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, com o Ministério da Saúde, por meio da intermediária Precisa Medicamentos, está envolto de suspeitas de irregularidades.
Os irmãos Miranda teriam alertado o presidente Jair Bolsonaro, que, na ocasião, teria mencionado o envolvimento do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Barros nega. Após as denúncias virem à tona, o contrato foi suspenso.