Carta aos evangélicos: Moro diz que lutará contra ampliação do aborto
Trecho consta no documento de autoria do pré-candidato à Presidência encaminhado para lideranças evangélicas do país
atualizado
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Em carta aos evangélicos, o pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sergio Moro, elencou o que chamou de “verdadeiros compromissos” no qual pautará sua campanha, e um eventual governo, em relação aos cristãos do país.
Ao todo, o ex-juiz enumera 14 compromissos com os evangélicos.
Moro inicia o texto dizendo que respeitará, sem fomentar discursos de ódio, disseminação de preconceitos ou estereótipos contra qualquer pessoa, religiosa ou não.
O pré-candidato disse que sua campanha buscará não divulgá-lo como candidato em reuniões destinadas a realização de missas e cultos, algo corriqueiro nas campanhas eleitorais.
Ele também defende que não solicitará “trocas de favores institucionais”, muito menos financiamento de campanha de instituições religiosas.
Em um dos pontos mais polêmicos, Moro afirma que sua campanha defenderá a não ampliação da legislação em relação ao aborto. “Faremos a defesa em preservação da vida humana em todas as suas manifestações”, explica.
Em outra mensagem aos conservadores, o ex-magistrado diz que valorizará “a autonomia da instituição familiar”.
“Respeitaremos as as preferências afetivas e sexuais de cada indivíduo e a preservação dos direitos de cada um dos seus membros. O Estado deve evitar ao máximo invadir a esfera da liberdade privada, assim como deve preservar as crianças e adolescentes da sexualização precoce”, completa.
Confira a carta na íntegra:
Carta de Moro a evangélicos by Metropoles on Scribd
Desempenho entre evangélicos
A investida de Moro em busca do apoio aos evangélicos não é em vão. Tido como um dos poucos candidatos da terceira via com potencial para “roubar” votos de Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz aposta que a carta é um aceno positivo com este grupo que, hoje, vota em peso com o presidente.
Segundo pesquisas recentes de intenção de voto, Bolsonaro é o candidato preferido entre a grande maioria dos evangélicos. O apoio ao atual presidente, porém, tem apresentada recorrente queda com a proximidade das eleições.
No entanto, apesar do derretimento do apoio do segmento ao atual mandatário da República, Bolsonaro tem ampla vantagem entre o segundo mais bem quisto pelos evangélicos: o ex-presidente Lula.