Carla Zambelli e Bia Kicis vão à PGR contra Gleisi Hoffmann
Vai e volta: parlamentares bolsonaristas acusam a presidente do PT de calúnia após denúncia dela ao Supremo
atualizado
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Um dia após a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) denunciar as colegas de Câmara Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (sem partido-DF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação e apologia ao crime, as duas deputadas bolsonaristas foram à Procuradoria Geral da República denunciar a presidente do PT por calúnia.
A disputa entre as parlamentares se dá em torno de um vídeo divulgado no último domingo (01/03), que mostra Gleisi, acompanhada de uma filha menor de idade, sendo hostilizada e discutindo com militantes políticos em um hotel, inclusive com tentativas de agressão física.
Gleisi foi ao Supremo porque as colegas divulgaram as cenas com mensagens de apoio. “As deputadas representadas parabenizam e incentivam os atos violentos praticados contra Gleisi Hoffmann, incitando que mais atitudes como essas se repitam. A atitude das deputadas extrapola consideravelmente os limites da liberdade de expressão e da legalidade”, registra a denúncia da petista.
Em resposta, Kicis e Zambelli pediram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que seja designada audiência preliminar para conciliação e, em caso de impossibilidade, que Gleisi responda na Justiça.
Para as bolsonaristas, a presidente do PT “se pôs na situação de vítima perseguida em locais públicos” uma vez que seu partido enfrenta diversas acusações de atos de corrupção. “[…] pela reprovação popular que é inerente, lhe causara vergonha, humilhação e aflição”.
No texto elas argumentam ainda que a própria Gleisi publicou o vídeo. “Ao divulgar o próprio vídeo, seguido de oferta desnecessária de notícia de apologia ao crime, a representada pratica violação penal, que em tese condena”, diz a reclamação.