Carandiru: bancada da bala diz que Barroso “afronta” o Legislativo
Frente parlamentar iniciou articulação para agilizar tramitação de proposta que anistia policiais condenados no massacre
atualizado
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O líder da bancada da bala, deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), classificou como uma “afronta e desrespeito ao Legislativo” a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em manter a condenação de policiais militares pelo massacre do Carandiru.
Capitão Augusto é o autor de um projeto de lei que busca dar anistia aos 73 policiais condenados pelo massacre, em penas que chegam a mais de 600 anos de prisão. Recentemente, a proposta foi aprovada na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
Agora, o texto precisa ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Augusto defendeu que está em contato com o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (Uniã0-BA), para “priorizar esse projeto”.
Além disso, o líder da bancada da bala articula o recolhimento de assinaturas para aprovar um requerimento de urgência na tramitação da proposta, o que permitiria ao texto ser votado diretamente no plenário, ou seja, sem precisar passar pelo crivo da CCJ.
Na justificativa do projeto, o deputado alega “perseguição política ideológica” aos agentes. “É de conhecimento público a triste realidade que ocorre nas rebeliões nos estabelecimentos prisionais, que são comandadas por organizações criminosas, onde eles praticam todos os tipos de crimes, inclusive degola de membros de facções opostas”, diz.
“Nesse cenário tenebroso, os agentes de segurança pública são feitos reféns, são mortos e feridos, e, muitas vezes, têm que agir de maneira proporcional para conter a violência dos rebelados e, assim, cumprir sua missão de manter a ordem pública”, finaliza.