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Candidatos à Presidência e o impacto no mercado financeiro

Investidores experientes compreendem que daqui para frente há grandes chances de ocorrer fortes oscilações no mercado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Poucos irão discordar de que as eleições de 2018 são o acontecimento mais importante deste ano. Desde antes da virada do ano, o tema sobre as eleições está presente nos noticiários e também nas conversas mais rotineiras.

Em especial, a dúvida maior é sobre quem será o novo presidente do Brasil e qual será o futuro do país. Esse assunto interessa não somente aos eleitores brasileiros, mas também aos investidores estrangeiros que acompanham de perto o desenrolar desta trama.

Apesar de a votação estar marcada para daqui a 7 meses, nos bastidores, partidos e potenciais candidatos se movimentam para firmar alianças e obter sucesso entre o eleitorado. Enquanto isso, no mercado financeiro, há grande expectativa em relação ao resultado das urnas.

Investidores experientes compreendem que daqui para frente há grandes chances de ocorrer fortes oscilações no mercado, especialmente na Bolsa de Valores. Este panorama pode causar medo à primeira vista, mas também pode abrir janelas de oportunidade interessantes para quem sabe investir de forma estratégica.

A política, este ano, vai continuar ditando o ritmo de negócios, especialmente na Bolsa de Valores. Nesse sentido, a aprovação de medidas que podem ajudar no equilíbrio das contas públicas, por exemplo, poderão causar uma onda de otimismo no mercado financeiro e, com isso, impulsionar os investimentos, especialmente de capital estrangeiro

As grandes instituições internacionais estão atentas à movimentação política para as eleições de 2018 no Brasil. O banco Credit Suisse divulgou relatório considerando, entre outras coisas, que o pleito apresenta grande risco para o desempenho da economia brasileira.

Por outro lado, o documento também indica que há potencial para o país crescer economicamente neste ano, com aumento do Produto Interno Bruto (PIB), do consumo das famílias brasileiras e dos investimentos de modo geral.

No entanto, a instituição pondera que esse cenário pode não se concretizar caso haja fortes acontecimentos internos e externos, que possam prejudicar a evolução econômica. Nesse sentido, além de vislumbrar o horizonte das eleições de 2018, também é essencial verificar o que ocorre ao redor do globo, especialmente nos países mais importantes economicamente.

Um exemplo de que o mercado reage de acordo com as circunstâncias políticas é o movimento registrado nos dias do julgamento em segunda instância de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com clara tendência de alta nos últimos meses, o Índice Bovespa tem demonstrado uma melhora dos indicadores macroeconômicos brasileiros. Porém, no dia 24 de janeiro deste ano, na véspera do julgamento de Lula, o Ibovespa recuou 1,22%, devido à cautela de investidores à espera do veredicto.

Após a decisão pela condenação do ex-presidente, o Ibovespa avançou 3,72%. No pregão seguinte, o cenário positivo se manteve e alcançou recorde histórico até então, de 85.530 pontos.

Pré-candidatos à Presidência em 2018: muitas opções, poucas certezas

Entre as maiores expectativas deste ano está a eleição para presidente do país. Tal qual as eleições de 1989, o pleito deste ano promete trazer um número maior de candidatos à Presidência em 2018 .

Por enquanto, as pesquisas de intenção de voto trazem pouca definição em relação ao horizonte à frente. O primeiro colocado nas pesquisas é Lula, que tem grandes chances de ser preso e ficar impedido de se candidatar.

Sem o ex-presidente, o Partido dos Trabalhadores terá dificuldades em emplacar outro candidato tão popular entre os brasileiros. A condenação de Lula e a queda de credibilidade do partido nos últimos anos têm sido os maiores obstáculos da sigla para as eleições de 2018.

Até mesmo os partidos que costumavam apoiar candidatos à Presidência lançados pelo PT, este ano, tendem a lançar candidatura própria. Exemplo disso é Manuela d’Ávila como pré-candidata pelo PC do B e Guilherme Boulos, pelo PSOL.

A indefinição também toma conta dos partidos de centro e de direita. No PSDB, um nome forte é o de Geraldo Alckmin, mas ele ainda tem que lidar com rumores de disputas intrapartidárias. Mesmo que Luciano Huck e João Doria não tentem lançar candidatura este ano, há possibilidade de Alckmin disputar as prévias do partido com Arthur Virgílio Neto

O DEM, por sua vez, acaba de lançar Rodrigo Maia como candidato à Presidência em 2018, mas há quem acredite que ele possa abrir mão do cargo de presidente para formar chapa com algum partido.

Como é possível perceber, muita coisa ainda pode mudar e os rostos que vão figurar nas urnas só serão confirmados em agosto. Esse cenário pouco claro confirma que as eleições de 2018 serão marcadas pelas consequências da crise política e pela pulverização de candidatos à Presidência.

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