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Campos Neto fala em ruídos na comunicação após última reunião do BC

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto disse que intenção de comunicado após reunião era deixar “porta aberta” para corte de juros

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (29/6) que houve ruídos de comunicação entre o comunicado divulgado logo após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a ata, divulgada na terça-feira (27/7).

Segundo o presidente do BC, a intenção do comunicado era manter a porta aberta para o corte de juros, mas evitou falar em projeções e ainda voltou a defender que o processo seja feito “com parcimônia”. Campos Neto concedeu entrevista coletiva sobre política monetária, no edifício-sede do Banco Central, em Brasília.

“A gente entende que o comunicado tinha deixado a porta aberta. Vejo que teve muito ruído em torno disso. Mas quando a gente olha, o que afetou preço de mercado foi muito pouco. Em situações como essa em que dúvida é sobre o que comunicar, não o que fazer, você esclarece na ata”, disse ele. “Em termos de preço de mercado, foi irrelevante o que aconteceu”, frisou.

Copom pede “serenidade”, mas abre caminho para corte de juro em agosto

A última reunião do Copom, colegiado composto por Campos Neto e outros oito diretores, manteve o atual patamar da taxa básica de juros (Selic), em 13,75% ao ano. Na ata, foi aberto espaço para um corte na Selic na próxima reunião, em agosto.

O presidente do BC salientou que houve divergência entre dois grupos do colegiado, com um deles defendendo deixa a porta aberta para corte dos juros e outro não.

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Pressão

Campos Neto tem sido alvo de pressão do Executivo e do Legislativo. Desde o começo do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado a postura do presidente da autoridade monetária, que tem mandato até 2024 na Presidência do BC.

Na terça-feira (28/6), Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou um requerimento de convite ao presidente do para falar sobre a taxa básica de juros no colegiado.

Por se tratar de convite, Campos Neto não é obrigado a comparecer. O requerimento é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso.

Questionado sobre críticas recentes do presidente da República, ele disse reconhecer a melhoria de vários indicadores, como inflação mais baixa e projeções para o PIB mais altas, e falou na participação do BC: “A gente fica muito feliz de estar participando desse processo”.

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