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Camarão não mastigado causou nova obstrução, diz médico de Bolsonaro

Mais cedo, após alta hospitalar, presidente disse que “não consegue se controlar” e não mastiga bem os alimentos

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Bolsonaro esteve ao lado dos seus médicos e do hospital para falar da sua saúde
1 de 1 Bolsonaro esteve ao lado dos seus médicos e do hospital para falar da sua saúde - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o atentado à faca, em 2018, disse nesta quarta-feira (5/1) que a causa da nova obstrução intestinal do chefe do Executivo federal foi um camarão não mastigado corretamente.

Mais cedo, após receber alta hospitalar, Bolsonaro convocou uma coletiva de imprensa na qual falou que “não consegue se controlar” e não mastiga bem os alimentos, acabando por apenas engoli-los.

“Eu não almoço, eu engulo. A peixada tinha uns camarõezinhos também, comi e mastiguei o peixe e comi o camarão”, disse Bolsonaro.

“O camarão não foi mastigado, é o que ele tá explicando. A gente pede para que todos façam o que a gente faz: mastigar 15 vezes cada garfada”, completou Macedo.

Médicos descartam cirurgia em Bolsonaro

Segundo o médico, Bolsonaro fará uma dieta especial e caminhadas nas próximas semanas.

“O presidente está com a saúde muito boa, se recuperando rapidamente. Quando cheguei [ao hospital] o intestino estava começando a funcionar, e no dia seguinte já estava funcionando. O presidente vai fazer uma dieta especial por uma semana e caminhadas.”

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia
Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado
Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal
No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada
Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo
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Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anos

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia

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Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado

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Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal

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No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada

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Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo

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No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica

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Internação

O presidente deu entrada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na madrugada de segunda-feira (3/1), com suspeita de uma nova obstrução intestinal. Ele estava de férias no litoral catarinense, mas precisou interromper a folga.

Segundo Bolsonaro, ele começou a passar mal no domingo (2/1). O presidente publicou uma foto nas redes sociais utilizando uma sonda gástrica. O chefe do Executivo federal está sendo monitorado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou o então candidato à Presidência após a facada, em setembro de 2018, e acompanha a evolução do caso desde então.

Na terça-feira (4/1), o hospital informou que o presidente já havia retirado a sonda nasogástrica após ter evoluído com boa aceitação da dieta líquida ofertada durante o dia.

Por meio de nota, a instituição divulgou ainda que o quadro de suboclusão intestinal do presidente se desfez, e reiterou que não havia necessidade de submeter Bolsonaro a uma cirurgia.

Histórico de cirurgias

Desde o ataque, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias relacionadas à facada. Relembre abaixo:

6 de setembro de 2018

A primeira cirurgia de Bolsonaro foi realizada no mesmo dia em que sofreu o atentado: 6 de setembro de 2018. Na época, o então candidato foi levado para a Santa Casa de Juiz de Fora. Ele teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia que durou cerca de 2 horas. O intestino foi ligado a uma bolsa de colostomia.

12 de setembro de 2018

A segunda, em 12 de setembro do mesmo ano, considerada de emergência, foi para reparar uma obstrução no intestino. O procedimento durou cerca de 1 hora e foi considerado bem-sucedido.

28 de janeiro de 2019

O terceiro procedimento cirúrgico de Bolsonaro ocorreu em 28 de janeiro de 2019, o primeiro já como presidente da República, e serviu para retirar a bolsa de colostomia.

Inicialmente, a cirurgia estava prevista para durar 3 horas, mas devido a uma grande quantidade de aderências, ou seja, partes do intestino que ficaram coladas, a equipe médica teve de fazer um procedimento mais complexo – o que fez com que o tempo total da cirurgia fosse de 7 horas.

Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.

8 de setembro de 2020

Em 8 de setembro do ano passado, os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu no local do abdômen do presidente. A hérnia ocorreu em razão das últimas três cirurgias. O procedimento, considerado de médio porte, durou 5 horas e foi bem-sucedido.

Outros procedimentos

Além disso, em julho do ano passado, após ter sido submetido a um procedimento para realizar um implante dentário, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, com dores abdominais. Os médicos chegaram a cogitar uma cirurgia, que logo foi descartada.

O presidente ainda foi submetido a uma vasectomia em 30 de janeiro de 2020. O procedimento é utilizado por homens que não desejam mais ter filho.

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