Câmara vive semana de protestos contra reforma da Previdência
Constitucionalidade do texto do governo não foi aprovada pela CCJ. Houve ações de mulheres e de policiais que acusam Bolsonaro de traição
atualizado
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A Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência ainda não foi aprovada pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), ponto de partida para a tramitação, mas a Câmara dos Deputados já vive uma semana de manifestações contrárias às mudanças nas regras de aposentadoria propostas pelo governo.
Nesta quinta-feira (11/4), o auditório Nereu Ramos, o maior da Casa, ficou lotado durante o seminário Mulheres unidas em defesa da aposentadoria, organizado pela liderança da Minoria e por movimentos feministas contrários ao projeto.
O seminário, coordenado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), reuniu parlamentares de todas as legendas de oposição ao governo e faz parte do calendário de ações conjuntas, elaborado sob a coordenação da liderança.
Não só a oposição se mobilizou contra a reforma. Representantes de policiais federais e civis que fazem parte da União de Policiais Brasileiros (UPB), entidade recém-criada, também se manifestaram no Parlamento contra a proposta do governo e acusaram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de “traição”. Eles reivindicaram o mesmo tratamento dispensado aos militares das Forças Armadas na reforma da Previdência.
O início da discussão do parecer está marcado para a próxima segunda-feira (15), a partir das 14h, na comissão. Na avaliação de líderes do partido do centro e da esquerda, não há expectativa de que saia uma decisão antes do feriado da Semana Santa.
Em acordo definido no colegiado, integrantes da CCJ terão 10 minutos de fala enquanto o restante dos parlamentares terá cinco minutos cada, limitados ao máximo de 20 deputados.