Câmara rejeita tentativa de acelerar reforma trabalhista
A manobra daria celeridade à tramitação da proposta, mas não alcançou o número necessário de votos para ser aprovada
atualizado
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O plenário da Câmara dos Deputados derrotou o governo nesta terça-feira (18/4) ao rejeitar um requerimento assinado por 13 líderes partidários pedindo regime de urgência para apreciação do projeto da reforma trabalhista. A manobra daria celeridade à tramitação da proposta, mas não alcançou o número necessário de votos para ser aprovada. Foram 230 votos à favor, 163 contrários e uma abstenção.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu o erro na votação do requerimento. “Informo ao plenário que a votação aconteceu com quórum baixo, eu encerrei a votação em momento equivocado. O erro foi meu, tinha 50 deputados na Casa que não tiveram o direito de votar. Se a maioria dos líderes, de qualquer lado, apresentar novo requerimento, é uma decisão que pode ser pautada a qualquer momento”, afirmou.
A votação foi comemorada pela oposição, que se articulou e aproveitou que menos de 400 deputados estavam presentes na sessão. “Com a Previdência também será assim”, avisou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). “O governo Temer registrou uma grande derrota”, celebrou Afonso Florence (PT-BA).
A sessão foi marcada por protestos da oposição, uma vez que a medida interromperia o prazo de apresentação de emendas na comissão especial e as propostas de alteração no projeto só poderiam ser apresentadas na votação em plenário. O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), pediu a suspensão da votação por considerar que a não apresentação de emendas na comissão seria “desrespeitosa” com os membros do colegiado. “Consideramos que está se tolhendo a tramitação normal do projeto”, criticou. “Votar a urgência hoje é um atropelo”, concordou o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).