Câmara reage a Eduardo Bolsonaro: máscara é obrigatória nos gabinetes
Medida é forma de diminuir transmissão da Covid-19. Ato foi alvo de críticas de Túlio Gadêlha, vizinho de corredor do filho do presidente
atualizado
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A Câmara reagiu à determinação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de desobrigar o uso de máscara em seu gabinete no anexo 4. Segundo a Casa, a proteção é obrigatória em todas as dependências, sem exceção.
A medida, comumente criticada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), é uma das formas de diminuir o risco de transmissão da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“Desde o início da pandemia, a Câmara vem adotando inúmeras medidas preventivas contra a propagação da Covid-19. Uma delas é a obrigatoriedade do uso da máscara em suas dependências, conforme estabelecido na Portaria 107/20, que data de 30 de abril. A princípio, não há exceções previstas na regra”, informou a Câmara.
Segundo a portaria, o uso da máscara é obrigatório em todos os espaços. “Fica determinada a obrigatoriedade de utilização de máscara de proteção facial, a partir de 30 de abril de 2020, em todas as dependências da Câmara dos Deputados”, cita trecho da regra.
O documento ainda destaca um decreto do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que prevê o uso da proteção em espaços públicos, por exemplo.
Apesar do descumprimento da regra interna, a Câmara não informou quais medidas podem ser tomadas e se o caso terá algum tipo de sanção.
Entenda
Nesta terça-feira (2/1), o também deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) divulgou fotos em redes sociais que mostram a recomendação na porta do gabinete do adversário político. “Neste gabinete, o uso de máscara é opcional”, destaca o aviso.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a utilização do equipamento facial é uma medida fundamental para suprimir a transmissão e salvar vidas. Aliada ao distanciamento físico e se evitando aglomerações, é considerada uma das principais formas de prevenção da doença.