Câmara quer identificar agentes penitenciários que invadiram comissão
Presidente em exercício da Casa, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) afirmou que inquérito será aberto para identificar envolvidos
atualizado
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A invasão de agentes penitenciários durante sessão da comissão que discutia a Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira (3/5), não foi bem recebida. O presidente em exercício da Casa, Fábio Ramalho (PMDB-MG), criticou a ocupação e informou que vai ser aberto inquérito para apurar e identificar os participantes do ato.
“A Câmara dos Deputados repudia com veemência os atos de violência durante a votação do relatório da Reforma da Previdência na comissão especial”, disse Ramalho. “A Polícia Legislativa vai instaurar inquérito para identificar os invasores e o uso de artefatos explosivos e de outras naturezas, que têm sua entrada proibida nas dependências da Casa”, acrescentou.
Ramalho ocupa interinamente o cargo em razão da viagem do presidente Rodrigo Maia (Democratas) ao Líbano. “A Câmara não vai tolerar o cerceamento de seus trabalhos a partir de métodos violentos e desordeiros”, completou Ramalho.Veja vídeo do momento da invasão:
A retirada da categoria da aposentadoria especial causou revolta entre os agentes. De manhã, eles tinham sido incluídos pelo relator da proposta, o deputado Arthur Maia (PPS-BA). À tarde, o político recuou e alterou a proposta, em desfavor da categoria, o que levou a novo protesto em frente ao Congresso.
Os agentes penitenciários lutam para se aposentar aos 55 anos, assim como policiais civis. Outra demanda é que seja criada a polícia penal, conforme previsto na Emenda Complementar nº 308/04.