metropoles.com

Câmara dos Deputados rejeita urgência do PL das Fake News

A urgência aceleraria a tramitação da matéria, mas não obteve número de votos suficientes para a aprovação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Plenário Câmara dos Deputados
1 de 1 Plenário Câmara dos Deputados - Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (6/4), por 249 votos a favor e 207 contra, a urgência do Projeto de Lei n° 2630/20, o PL das Fake News. Para a aprovação, eram necessários 257 votos.

Na prática, a aprovação do requerimento de urgência aceleraria a tramitação da proposta, que poderia ser votada diretamente no plenário da Casa, sem passar por comissões temáticas. Agora, a matéria precisará passar pelo rito normal de comissões antes de chegar ao plenário. Depois, volta para o Senado Federal.

O projeto, relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), pretende instituir uma ampla regulação das plataformas digitais, com o objetivo de combater a desinformação e dar mais transparência à moderação de conteúdo feita pelas próprias redes.

Uma das modificações em relação ao texto do Senado é a inclusão de dispositivo prevendo que a imunidade parlamentar em relação a opiniões será estendida às redes sociais.

Os provedores de serviços de mensagens instantâneas, como WhatsApp e Telegram, terão que limitar a distribuição massiva de conteúdo e mídia. Listas de transmissão só poderão ser encaminhadas e recebidas por pessoas que estejam identificadas, ao mesmo tempo, nas listas de contatos dos remetentes e destinatários.

Ademais, o texto também equipara as plataformas digitais aos veículos de comunicação e as plataformas precisam ter representantes jurídicos no Brasil.

Críticas

O deputado Giovani Cherini (PL-RS), vice-líder do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou que quer um “país livre”, e “não este país que limita a liberdade de expressão”.

“Isso aqui é uma fórmula chamada ‘pega ratão’, porque o objetivo único é limitar aquelas pessoas que não têm dinheiro e que não tem como está na TV se comunicar com a sociedade. Vamos respeitar o Marco Legal da Internet. Não precisamos inventar mais leis, só respeitar. E o STF [Supremo Tribunal Federal] e TSE [Tribunal Superior Eleitoral] respeitar a Constituição”, declarou.

“Como tratar com urgência aquilo que amanhã afetará a vida de todos nós, seja de direita ou de esquerda?”, questionou o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ). “Temo que se esse Parlamento votar essa urgência, estaremos instituindo o fadado Ministério da Verdade”, acrescentou.

O relator negou que a proposta ataque a liberdade de expressão e defendeu que o Congresso Nacional precisa se posicionar. “Nós não queremos nenhum tipo de censura, nem por parte das empresas de internet. E nós obrigamos as empresas a avisar o usuário quanto à moderação, dar o direito ao contraditório para que a liberdade seja plena na internet”, afirmou Silva, acrescentando que está escrito no texto que “a imunidade parlamentar é extensiva às redes sociais”.

“Nós vamos construir um caminho para produzir provas para investigação de quem for responsável pela disseminação de fake news”, afirmou. “Nós não podemos ser omissos e não fixar parâmetros e regras para o funcionamento na internet, porque, se nós não fizermos isso, o Judiciário fará e não adianta chorar ou lamentar lamentar depois”, agregou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?