Câmara do Rio rejeita abertura de processo de impeachment contra Crivella
Pedido apontava supostos crimes que teriam sido cometidos pelo prefeito por conta da criação do grupo “Guardiões de Crivella”
atualizado
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A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu rejeitar, nesta quinta-feira (3/9), por 25 votos a 22, a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito da cidade, Marcelo Crivella.
O pedido citava suposta prática de crimes na criação do grupo “Guardiões do Crivella”, de funcionários com a função de atrapalhar o trabalho de jornalistas em frente a hospitais.
O presidente da Câmara, Jorge Felippe, levou ao plenário os pedidos de impeachment feitos pela bancada do PSol e pela deputada estadual Renata Souza, pré-candidata à Prefeitura do Rio. Também foi anexado o pedido protocolado pelo vereador Atila Nunes (DEM).
Todos apontavam alegados crimes que teriam sido cometidos por Crivella pela criação do grupo “Guardiões do Crivella”. Para o PSol, a organização configura flagrante inobservância dos princípios da probidade administrativa, em especial da honestidade, imparcialidade e legalidade, além de possível crime de responsabilidade.
A organização colocava funcionários públicos, detentores de cargos de confiança, para impedir que sejam denunciadas situações de irregularidade no atendimento de saúde, e coibir, às portas dos hospitais, a atuação da imprensa, intimidando jornalistas.
O que diz o prefeito
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito atacou a TV Globo, afirmando que ela divulga notícias falsas e age como um “verdadeiro partido político de oposição”. Foi a emissora que revelou a contratação dos funcionários na última segunda-feira (31/8).
“Não é de hoje que o nosso mandato vem sofrendo com reportagens manipuladoras e tendenciosas desse grupo. Desta vez, dedicaram mais de 10 minutos com acusações infundadas, caluniosas e montadas ao meu respeito. Saibam o real interesse dessa empresa que é popularmente chamada de GloboLixo”, escreveu o prefeito.