Câmara convoca ministro interino do GSI para explicar vídeo do 8/1
A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou requerimento para convocação de Ricardo Cappelli, que substituiu Gonçalves Dias no GSI
atualizado
Compartilhar notícia
Foi aprovado, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, um requerimento para convocação de Ricardo Cappelli, ministro-chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O pedido foi apreciado nesta terça-feira (25/4), Ele assumiu a pasta após a saída do general Gonçalves Dias, ocasionada pelo vazamento de um vídeo do militar interagindo com manifestantes no Planalto, nos atos de 8/1.
O requerimento foi protocolado pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), parte da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), maioria na comissão de Segurança Pública. A iniciativa é uma forma de tentar gerar desgaste ao primeiro escalão da atual gestão, uma vez que parlamentares ligados a Jair Bolsonaro (PL) tentam imputar aos adversários a culpa pelos atos terroristas.
A próxima reunião da Comissão está marcada para terça-feira (2/5), No documento, Paulo Bilynskyj volta a acusar Gonçalves Dias de possibilitar a entrada de invasores golpistas no Palácio do Planalto. Ele deixou o comando do GSI na última quarta-feira (19/4), pouco depois de apresentar atestado médico para não comparecer à sessão na Câmara.
Como não é mais ministro, Dias não pode mais ser convocado. Dessa forma, a convocação de Cappelli foi a saída para a oposição discutir o ocorrido. Antes de assumir interinamente o GSI, ele foi nomeado como interventor federal na segurança pública do Governo do Distrito Federal, após os atos terroristas de 8/1.
Confusões
As últimas sessões da Comissão de Segurança Pública, mais do que desgastantes para o governo, foram marcadas por confusões entre parlamentares. Em 11/4, Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, deixou mais cedo a audiência pública após diversas brigas.
Na ocasião, parlamentares de oposição tentaram reverter o cenário da reunião com Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na sessão de 28/3, quando foram desmentidos sobre processos jurídicos e outras questões. A avidez para questionar Flávio Dino, porém, tumultuou a sessão, marcada por gritarias, acusações de ofensas e ameaças e pedidos de ordem.