metropoles.com

Câmara: Conselho de Ética arquiva processo contra Ricardo Barros

Representação contra o líder do governo na Câmara teve como base a denúncia do deputado Luis Miranda à CPI da Covid-19

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Billy Boss/Câmara dos Deputados
Ricardo Barros
1 de 1 Ricardo Barros - Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (23/11), por 13 votos a 6, o arquivamento do processo contra o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Casa, por falta de “justa causa”.

O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), relator do processo, pediu ao menos quatro vezes para adiar a entrega do relatório e apresentou o parecer pelo arquivamento da representação no último dia 3 de novembro. Deputados pediram vista e a análise foi adiada para esta terça.

Em sua defesa, Barros apresentou um vídeo com diversos depoentes negando envolvimento com ele em depoimento à CPI da Covid-19, no Senado.

“A investigação confirmou que eu não tinha o envolvimento. Por isso, processei o senador Renan Calheiros por denunciação caluniosa e abuso de autoridade. Eles fizeram todo o tipo de investigação e não encontraram nenhum indício de materialidade e mesmo assim fizeram a denúncia no relatório [da CPI]”, afirmou Barros.

O relator destacou que também se baseou no fato de ser base do governo. “Havia um direcionamento para atingir o presidente da República”, disse Madureira. “Eu busquei olhar a vida do ministro e do deputado Ricardo Barros, hoje líder do governo na Casa. Cheguei à conclusão do relatório [pelo arquivamento]. Entendemos aqueles colegas que, por suas convicções, não poderão seguir o voto que eu relatei”, disse.

4 imagens
Deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara
Ricardo Barros com o presidência da República, Jair Bolsonaro
1 de 4

Ricardo Barros

JP Rodrigues/ Metrópoles
2 de 4

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 4

Deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara

Najara Araújo/Câmara dos Deputados
4 de 4

Ricardo Barros com o presidência da República, Jair Bolsonaro

Dida Sampaio/Estadão

Ao entregar o relatório no início do mês, o relator havia destacado as conexões feitas pela CPI da Covid-19 em relação a Barros, como a Covaxin, a emenda que proporcionou a compra do imunizante pelo Ministério da Saúde, a indicação da servidora Regina Célia, que era fiscal daquele contrato, e as supostas ligações empresariais com Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos.

Contudo, o relator, com base na defesa de Barros, disse que a comissão não conseguiu comprovar as ligações.

A Precisa, presidida por Maximiano, era a empresa intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde nas negociações da Covaxin. O governou pretendia comprar 20 milhões doses do imunizante indiano, por meio de um contrato de R$ 1,6 bilhão. Após as denúncias virem à tona, governo rescindiu contrato.

Representação

A representação contra Barros foi apresentada pelo PSol com base na denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid-19, que pediu, no relatório final, indiciamento do líder do governo.

À CPI, Miranda disse que, ao alertar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre irregularidades nas negociações da vacina Covaxin, o chefe do Executivo federal teria dito que Barros estaria envolvido.

O líder do governo nega participação no caso. Bolsonaro nunca desmentiu Miranda.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?