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Câmara consegue assinaturas para instalar a CPI das Pesquisas

Antes, senadores já haviam conseguido levantar o mínimo de 27 signatários para investigar os institutos de pesquisa

atualizado

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Divulgação/ Câmara dos Deputados
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1 de 1 bolsonarista - Foto: Divulgação/ Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados obteve o número mínimo de 171 assinaturas necessárias para instalar comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigar os institutos de pesquisas que medem intenções de voto para cargos eletivos. A informação foi confirmada pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Casa.

Agora, o requerimento de instalação da CPI está apto de leitura pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que sinalizou pela possibilidade de proceder com a criação do colegiado.

Em paralelo, tramita na Casa proposta que busca regulamentar e estabelecer punições aos institutos com erros em levantamentos acima da margem de erro.

Anteriormente, senadores haviam conseguido levantar o mínimo de 27 signatários. No Senado Federal, coube ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) encabeçar a coleta de assinaturas.

Segundo do Val, a comissão vai “aferir as causas das expressivas discrepâncias” entre os resultados apontados pelos levantamentos e os índices observados nas votações durante o primeiro turno, no domingo (2/10).

Entenda a polêmica

As diferenças entre os resultados reais da eleição deste ano e aqueles projetados pelos maiores institutos de pesquisas eleitorais se tornaram um dos assuntos mais discutidos no país à medida que a apuração era totalizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em muitos casos, empresas com tradição no mercado, como Datafolha e Ipec, erraram por mais de 10 pontos, levando, principalmente os políticos e militantes do campo conservador, a questionar as metodologias usadas.

A distorção começa pelo cargo mais importante, o de presidente da República. Datafolha e Ipec apontavam diferença de 14 pontos percentuais entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O atual mandatário, no entanto, terminou bem acima do esperado, com 43,3% dos votos computados, enquanto os dois institutos o projetavam com 37% e 36%, respectivamente.

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