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Câmara aprova urgência para projeto de privatização dos Correios

PL 591/21 terá o rito mais célere, porém, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) ainda não apresentou o relatório

atualizado

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1 de 1 Arthur Lira_plenário - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (20/4), por 280 votos a 165, e uma abstenção, a urgência do Projeto de Lei (PL) n° 591/21, que propõe a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Desta forma, o projeto terá o rito mais célere, porém, ainda não há previsão de votação do mérito.

Segundo o projeto, a União manterá uma parte dos serviços, chamada na proposta de “serviço postal universal”, que inclui encomendas simples, cartas e telegramas. Afinal, o artigo 21 da Constituição Federal obriga a União a ter “serviço postal e correio aéreo nacional”.

“Os esforços empreendidos não têm sido suficientes para que a empresa se atualize na velocidade requerida. Por ser uma empresa pública, ela não conta com o dinamismo que o setor demanda atualmente, tampouco a União tem capacidade fiscal para suportar os investimentos por meio de aportes”, diz a justificativa do projeto.

O deputado federal Gil Cutrim (Republicanos-MA) ainda não apresentou o relatório.

“O PL 591/21 fala da regulamentação e da modernização do sistema postal brasileiro, não se fala em nenhum minuto de privatização. Essa narrativa está longe de acontecer, não antes que se faça um amplo e pleno debate sobre um tema fundamental”, disse Cutrim. “Precisamos de instituições fortes e eficientes e sem interferência política”.

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Presidente Jair Bolsonaro e presidente da Câmara, Arthur Lira
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Funcionário desviava encomendas em centro dos Correios
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Presidente Bolsonaro entrega na presidência da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei de privatização dos Correios

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Funcionário desviava encomendas em centro dos Correios

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Os deputados da oposição tentaram obstruir a votação da urgência do projeto.

“A prioridade [da Câmara dos Deputados] tem que ser a vacinação [contra a Covid-19] e não a privatização de serviços públicos, como os Correios”, disse o líder do PDT, Wolney Queiroz (PE).

“Desde quando privatizar empresa pública que presta serviço essencial ao brasil é urgência?”, questionou a líder do PSol, Talíria Petrone (RJ). “Para além de entregar correspondências, os Correios têm papel fundamental na logística no Brasil. E como a gente vai, no meio da pandemia, entregar ao setor privado um setor que é estratégico na logística contra a Covid-19?”, indagou.

O governo federal publicou, na última quarta-feira (14/4), um decreto incluindo os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND). Além disso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou pessoalmente ao Congresso Nacional este projeto de lei de privatização da estatal, no final de fevereiro deste ano.

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