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Câmara aprova MP que concede subsídio para reduzir preço do diesel

Serão destinados R$ 9,5 bilhões para garantir o desconto total de R$ 0,46 no litro do combustível até 31 de dezembro deste ano

atualizado

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1 de 1 caminhão sp - Foto: Frazão/Agência Brasil

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4/9), por meio de acordo, a Medida Provisória (MP) 838/18, com o subsídio na comercialização do óleo diesel de até R$ 0,30 por litro. Ao todo, serão destinados R$ 9,5 bilhões para garantir o desconto total de R$ 0,46 no litro do combustível para cobrir parte dos custos das distribuidoras. O texto aprovado, com garantia de subsídio até 31 de dezembro de 2018, segue para apreciação do Senado.

Aprovado em forma de projeto de lei de conversão, o texto limita o pagamento da subvenção à venda de óleo diesel de uso rodoviário. Dessa forma, não inclui o subsídio ao óleo diesel marítimo, ferroviário ou para geração de energia elétrica.

Caberá à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabelecer um preço de referência e um preço de comercialização para a distribuidora de forma regionalizada.

A MP foi editada para atender a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, que pararam em todo país no mês de maio.

Para completar o benefício de R$ 0,46 de desconto no diesel, foram reduzidos impostos que incidem diretamente sobre o diesel, como PIS/Cofins e a Cide, no total de R$ 0,16, e que equivalem a R$ 4 bilhões.

Os recursos do subsídio são oriundos de uma reserva de contingência financeira do governo, no valor de R$ 6,2 bilhões, de uma outra reserva de capitalização de empresas públicas, no valor de R$ 2,1 bilhões, além do cancelamento de despesas discricionárias de vários ministérios, o que soma R$ 1,2 bilhão.

Esforço concentrado
Esta é a última semana de votação na Câmara dos Deputados antes das eleições de outubro. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou, antes do início da sessão, a necessidade de o plenário aprovar a MP, pois perderá validade em outubro.

“O ideal para todos é a gente conseguir acordo para votar duas ou três medidas provisórias, incluindo Fundo Soberano e a medida provisória do diesel, porque ela também perde validade logo depois da eleição, logo depois do primeiro turno. Se não for votada hoje, vai ter dificuldade de votar nas duas Casas até o fim da sua validade”, disse Maia.

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