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Caixa: Bolsonaro diz que Guimarães foi afastado e evita comentar caso

É a 1ª vez que o presidente fala sobre o caso, ainda que de forma rasa. Denúncias de assédio sexual foram reveladas pelo Metrópoles

atualizado

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Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica federal tampa a boca para conversar com presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica federal tampa a boca para conversar com presidente Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado nesta segunda-feira (4/7) sobre as acusações de assédio sexual envolvendo Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal. Durante conversa com apoiadores, o mandatário da República evitou comentar o caso. Apenas disse que Guimarães foi afastado do cargo. Na sequência, ele se corrige, e diz que o pedido de afastamento partiu do ex-chefe do banco público.

“Foi afastado o presidente da Caixa. Está respondido? Ou melhor, ele pediu afastamento, tá?”, declarou Bolsonaro.

É a primeira vez que o chefe do Executivo federal fala sobre o caso. Na semana passada, por exemplo, durante sua tradicional live semanal nas redes sociais, o presidente ignorou as denúncias investigadas sob sigilo pelo Ministério Público Federal (MPF).

Guimarães é acusado por um grupo de funcionárias da estatal de assédio sexual (leia mais abaixo). O caso foi revelado pela coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles em 28 de junho. No dia seguinte, após a repercussão, Pedro escreveu uma carta negando as denúncias e pediu demissão da presidência da Caixa. A exoneração do banco foi publicada no mesmo dia, em 29 de junho.

Para o lugar de Guimarães, Bolsonaro nomeou Daniella Marques para assumir o comando do banco público. Ela era secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e considerada o “braço direito” do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Já no cargo de presidente, Daniella Marques disse nesta segunda-feira que afastou ao menos seis pessoas que faziam parte do circulo próximo a Pedro Guimarães. O número de pessoas afastadas, segundo ela, pode chegar a 20.

“Quando se chega a um cargo dessa natureza, é preciso compor a própria equipe. São 20 consultores. Provavelmente, vou afastar os 20. Quero criar um núcleo de trabalho do meu jeito: descentralizado e temático”, afirmou em entrevista à GloboNews.

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Daniella Marques, escolhida para liderar a Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães
Daniella Marques foi a escolhida para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal
No governo federal desde 2019, Marques é considerada o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes
Desde 2 de fevereiro, ela ocupava o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Antes, atuou como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Guedes
Marques é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e fez MBA (modalidade de pós-graduação) em finanças pelo Ibmec
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Daniella Marques, escolhida para liderar a Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães

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Daniella Marques, escolhida para liderar a Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães

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Daniella Marques foi a escolhida para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal

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No governo federal desde 2019, Marques é considerada o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes

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Desde 2 de fevereiro, ela ocupava o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Antes, atuou como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Guedes

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Marques é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e fez MBA (modalidade de pós-graduação) em finanças pelo Ibmec

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Denúncias de assédio sexual

Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e denunciar as situações pelas quais passaram. Todas elas trabalham ou trabalharam em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa.

Cinco concordaram em dar entrevistas para o colunista Rodrigo Rangel, desde que suas identidades fossem preservadas. Elas dizem que se sentiram abusadas por Pedro Guimarães em diferentes ocasiões, sempre durante compromissos de trabalho.

As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e as funcionárias sob seu comando.

A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação, que está em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal.

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