Caiado descarta restrições em Goiás: “Vacina vai chegar antes da 2ª onda”
Governador disse que há leitos suficientes para aumento de casos e que não adotará novas medidas de isolamento social no estado
atualizado
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), descartou nesta quarta-feira (2/12) a volta de medidas restritivas de circulação de pessoas no estado, com o objetivo de frear uma possível segunda onda da pandemia do coronavírus. O chefe do Executivo estadual disse que mantém todos os leitos ativados desde o início da crise, mas confia que, até fevereiro, a vacinação esteja ocorrendo no Brasil.
“Mantenho todos os leitos ainda, mesmo com a ocupação de 38%, no máximo 40%, em algumas regiões. Mantenho todos os leitos preservados para caso possamos ter aí uma segunda onda. Mas eu espero, se Deus quiser, que a vacina chegue antes da segunda onda”, disse Caiado, após se reunir, no Palácio do Planalto, com o ministro-chefe da Secretaria Geral do Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
Mudança de tom
Caiado, no início da pandemia, adotou um tom crítico ao governo federal e estimulou que as pessoas ficassem em casa, como forma de minimizar os impactos na rede de saúde no estado. Agora, adota um tom diferente, mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sempre foi contrário às medidas de isolamento social.
O governador contextualizou essa mudança de posição. “Eu tenho, hoje, o que eu não tinha. Quando eu assumi o governo, três cidades de Goiás tinham leito de UTI: Goiânia, Anápolis e Aparecida (de Goiás)”, disse o governador, que se mostrou otimista em relação às vacinas.
“Tem a informação de que o Reino Unido está vacinando a população. Se Deus quiser, isso que é uma realidade hoje no Reino Unido. Eu espero que isso chegue no máximo em fevereiro, vamos poder começar a vacinar os grupos de risco, dando um retorno definitivo para a realidade”, disse o governador.
Caiado se refere à notícia sobre a autorização dada pela agência reguladora britânica para a aplicação das doses fabricadas pela aliança entre a Pfizer e a alemã BioNTech. Com isso, o imunizante começará a ser aplicado na população britânica a partir da semana que vem.