metropoles.com

Cabral fará prova do Enem: ex-governador do Rio quer cursar história

Exame será aplicado, dias 12 e 13, à população carcerária. Ex-primeira-dama também tentará vaga; ela quer cursar letras ou ciências sociais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
MARCOS D’PAULA/AGENCIA ESTADO/AE
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador José Carlos Murta Ribeiro, durante cerimônia de assinatura de convênio de cooperação entre o poder executivo e o poder judiciário para ações na área
1 de 1 O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador José Carlos Murta Ribeiro, durante cerimônia de assinatura de convênio de cooperação entre o poder executivo e o poder judiciário para ações na área - Foto: MARCOS D’PAULA/AGENCIA ESTADO/AE

Preso desde novembro do ano passado, acusado de corrupção, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pretende virar universitário. Ele é um dos detentos que fará provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade, nos dias 12 e 13 de dezembro – data de aplicação do Enem à população carcerária de todo o país. Ao todo, há 30.605 inscritos nessa fase do exame: 49 são do Sistema Penitenciário Federal. Segundo o jornal O Globo, o peemedebista tentará uma vaga no curso de história.

No mesmo dia do Enem, Sérgio Cabral deveria prestar depoimentos à Justiça Federal. Devido à coincidência das datas, a defesa do político apresentou recurso ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara do Rio, solicitando o adiamento das oitivas para os próximos dias 14 e 18.

Segundo a publicação, caso seja aprovado no Enem 2017, o ex-governador terá o direito de cursar sua segunda graduação: ele é formado em jornalismo. A mulher de Cabral, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo (veja o casal na imagem em destaque), também pretende voltar à universidade. Advogada, ela fará o Enem com o objetivo de conseguir uma vaga em letras ou ciências sociais.

Recebeu, mas não pediu
Nesta quinta-feira (7/12), em novo depoimento ao juiz Marcelo Bretas, Sérgio Cabral voltou a negar as acusações de ter negociado pessoalmente propinas durante suas campanhas eleitorais. Ele admitiu ter recebido pagamentos indevidos, mas destacou jamais os ter pedido. Segundo o peemedebista, cerca de R$ 100 milhões a mais do que a quantia declarada oficialmente abasteceram sua campanha em 2010.

O Ministério Público Federal acusa-o de liderar organização criminosa que recebeu R$ 16,7 milhões em propina de empresas do ramo da alimentação. O caso é investigado na Operação Ratatouille, um dos desdobramentos da Lava Jato.

Na quarta (6), o empresário Carlos Miranda, tido como operador de Cabral, confirmou a existência de um esquema liderado pelo ex-governador para recolher propina de construtoras e prestadoras de serviço. O grupo, segundo ele, começou a agir quando Sérgio Cabral ainda era deputado estadual. Contudo, ao longo de sua gestão à frente do Rio de Janeiro, supostamente houve cobrança de 5% do valor dos contratos assinados com o Estado, sem vinculação com períodos eleitorais – o que desmentiria umas das principais alegações do peemedebista.

Miranda foi condenado a 25 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no julgamento final da Operação Calicute. Ele também foi considerado culpado e condenado a 12 anos de prisão, no julgamento final da Operação Mascate, por lavagem de dinheiro.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?