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Bunker de Paulo Preto teria o dobro de dinheiro do de Geddel

As notas, oriundas de propinas, precisavam ser secadas ao sol para evitar mofo, segundo os investigadores

atualizado

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Paulo Preto2
1 de 1 Paulo Preto2 - Foto: ROBSON FERNANDES/AE

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, preso em mais uma etapa da Operação Lava Jato nesta terça-feira (19/2), tinha um bunker de dinheiro oriundo de propinas no valor de mais de R$ 100 milhões. O montante chamou atenção dos investigadores. De acordo com eles, as notas eram colocadas ao sol para evitar mofos devido à umidade do quarto.

“O bunker de Paulo Preto tinha o dobro do bunker do Geddel [Vieira Lima]”, disse o procurador da República Roberson Pozzobon. Ele concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, após o cumprimento de um mandado de prisão e 12 de busca e apreensão em diversos endereços durante Operação Ad Infinitum. Era em um deles que Paulo Preto guardava o dinheiro de propinas.

Outro alvo da operação é o ex-ministro de Relações Exteriores do governo Temer Aloysio Nunes Ferreira. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Em nota, a PF informou que o objetivo é apurar a existência de um complexo e sofisticado método de lavagem de dinheiro,

envolvendo o repasse de quantias milionárias ao chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o setor de propinas, por meio da atuação de operadores financeiros.

De acordo com Pozzobon, Paulo Preto é apontado como o operador do esquema e estava envolvido em um complexo sistema de operação casada de lavagem de dinheiro tanto no Brasil quanto no exterior.

“Compromissos judiciais”
De acordo com o delegado da Polícia Federal Alessandro Vieira, Souza deveria seguir para Curitiba (PR) ainda nesta terça-feira (19/2), mas ficou em São Paulo a pedido do Ministério Público porque tem “compromissos judiciais” na capital relativos a outros processos, como uma audiência na manhã desta terça-feira.

“São pessoas investigadas e que respondem a outros processos criminais. Temos a sensação de que estamos diante de um ciclo interminável de corrupção e lavagem de dinheiro”, afirmou o delegado. Por isso, ele explicou, a operação foi batizada com o nome Ad Infinitum.

De acordo com o procurador da República Roberson Pozzobon, Paulo Vieira participou de lavagem de mais de R$ 100 milhões. A operação envolve a Odebrecht e também investiga os outros supostos operadores do esquema, como Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis. Adir Assad, inclusive, fechou um acordo de colaboração com a Justiça.

A operação investigou um esquema de pagamento de R$ 130 milhões em propinas pela Odebrecht a políticos. As atividades aconteceram entre 2010 e 2011 e tinham como um dos objetivos irrigar campanhas eleitorais. Paulo Preto, apontado como o operador do esquema, já havia sido indiciado em outras fases da Lava Jato. Ele é suspeito de ter fornecido parte dos recursos para a empresa. (Com agências)

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